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Matéria publicada por: Marcelo Ramos

A autora best-seller Anna Todd lançou uma nova versão da sua série de sucesso “After” ao adaptar o seu primeiro livro para a versão em quadrinhos. Antes de decidir se aventurar no mundo das graphic novels, Anna Todd estreou no mundo do romance quando escreveu o primeiro livro da série “After”. Originalmente publicada no Wattpad, em 2013, como uma fanfic inspirada em Harry Styles, da One Direction, “After” se tornou um fenômeno online alcançando mais de 2 bilhões de leituras. Essa sensação da noite-para-o-dia rapidamente resultou em um sucesso mundial uma vez que “After” foi relançado como um romance best-seller da New York Times, com 3 continuações. Após tal sucesso, veio a Netflix para adaptar a série de livros em filmes. Agora, Anna Todd está para relançar a história em um novo formato, mais uma vez. “After” está ganhando forma como uma história em quadrinhos.

Lançada em parceria entre o Wattpad e Frayed Books, a editora de Anna Todd, o primeiro livro da série de quadrinhos, “After: The Graphic Novel – Volume One”, escrito por Anna Todd com ilustração de Pablo Andrés, foi lançado oficialmente em 3 de maio de 2022. O Screen Rant teve o prazer de sentar com Anna Todd para conversar sobre o processo de adaptar seu livro em uma HQ e qual o futuro da série “After”.

O que inspirou a decisão de adaptar “After” em uma HQ? E por que uma história em quadrinhos?

Anna Todd: A ideia original veio da minha editora francesa. O dono da empresa Hugo [Hugues Robert de Saint-Vincent] veio até a mim. Ele sempre está pensando no futuro. [Ele] veio até a mim alguns anos atrás e fiquei um pouco insegura no primeiro momento porque eu pensava “Será que estou gastando tempo demais no mundo de After? Será que as pessoas realmente querem isso?” Eu não tinha visto muitas adaptações de romances para o formato de histórias em quadrinhos naquela época, especificamente. Isso foi antes de Lore Olympus e todas as outras obras de sucesso, então eu estava um pouco incerta, mas quanto mais exemplos ele enviava e falava sobre, eu comecei a pensar que poderia ser muito divertido. E estou feliz que decidimos adaptar para esse novo formato, tem sido uma experiência incrível.

Antes de trabalhar neste projeto, você já havia lido alguma HQ antes? Você é fã desse tipo de história?

Para ser bem sincera, eu sou mais fã de Webtoons (histórias em quadrinhos publicadas online). Eu leio vários delas. Não lia muitas histórias em quadrinhos antes. Lore Olympus eu terminei de ler recentemente no ano passado. Na verdade, eu li a versão Webtoon primeiro, mas quando ela foi publicada neste ano – ou ano passado, uau, como o tempo passou rápido [risos] – eu devorei a história, ela é muito boa, tão original! Mas honestamente, eu sou mais uma pessoa do Webtoon do que história em quadrinhos (livro físico).

Falando sobre histórias em quadrinhos, tem uma parte extra na HQ de After em que você fala, brevemente, sobre os desafios ao adaptar o seu romance em uma HQ. Você pode falar mais sobre isso? Especificamente sobre adaptar um livro com mais de 500 páginas para um formato mais curto.

Definitivamente foi um processo bem detalhado e eu não fazia muita ideia de como seria isso no começo, especialmente porque o texto original veio da França. Então nós traduzimos e revisamos os arquivos porque algumas coisas funcionavam no texto em francês, mas em inglês não dava certo. E quanto mais pessoas entravam no projeto, mais envolvida eu ficava. Por fim, acabei reescrevendo, praticamente, o texto inteiro e foi divertido, mas definitivamente desafiador porque existem muitos diálogos internos com os personagens, especialmente no primeiro livro de After que é apenas no ponto de vista da Tessa. Em um primeiro momento, foi um desafio porque, como vocês podem notar pelo tamanho dos meus livros, eu escrevo bastante [risos] então às vezes eu sentia que precisava colocar mais palavras em algumas páginas. Mas quando as ilustrações e os textos se juntaram como um todo, tudo fez sentido, porém tivemos que cortar algumas coisas e espero que as emoções da história continuem as mesmas. Esse é o maior atrativo dos livros, de acordo com os leitores. Então eu quis ter a certeza de que elas ainda estivessem lá, mesmo que só tenham 100 palavras por página.

Estou feliz que você tenha mencionado isso, que você teve que se “segurar” um pouco, porque eu notei que a HQ de After termina em uma parte muito cedo da história do que no livro original. Terminar a história daquele jeito foi uma decisão tomada ou foi uma das limitações do formato mais curto?

Na verdade, foi uma escolha muito bem tomada. Nós sabíamos que teríamos de cortar muitas partes da história, especialmente no início. Uma das coisas que eu mais amo na história é o desenvolvimento lento do relacionamento, o aumento da tensão aos poucos… Nós queríamos não perder muitos detalhes do começo, então pensamos: “Talvez devêssemos terminar [a história] em um momento dramático.” E é uma cena favorita dos fãs, então foi uma escolha quase unânime terminar ali, e espero que aqueles que são novos na história e aqueles que já leram os livros sintam todas essas emoções e queiram mais.

O que tem na HQ para os novos leitores que nunca leram uma página de “After”?

Eu diria que escapismo. Acredito que todos estamos procurando por um fuga da nossa realidade, especialmente nos últimos anos. Eu espero que seja divertido, instigante, uma pequena realização de desejos também, um pouco estressante porque o que é um romance sem drama, não é mesmo? [risos]. Mas eu gostaria que eles se apegassem ao escapismo e se identificassem com os personagens o quanto puderem.

E para aqueles que já são fãs e conhecem a história de “After”, tanto dos livros quanto dos filmes? O que eles podem esperar dessa nova versão da história que já não tenham visto antes?

[A versão em quadrinhos] é meio que uma mistura dos dois. Com os filmes da Netflix, é mais difícil, existe um limite de tempo, são muitas pessoas trabalhando no mesmo projeto, tiveram várias cenas cortadas que os fãs amariam MUITO, então eu quis ter a certeza de que colocaria esses momentos na HQ para agradá-los e também para acrescentar à história. E diferentemente dos livros, você consegue ter uma imagem em si dos personagens enquanto lê cada cena. Então, não sei, é um pouco estranho, eu sinto que é uma história totalmente diferente, mas há aquele sentimento de nostalgia ao lê-la se você já é um fã de “After”.

Fico feliz que você tenha comentando um pouco sobre o processo colaborativo porque eu acho interessante que você tenha criado o romance original sozinha. E então para os filmes, você trabalhou com cineastas. E agora com a HQ, você está trabalhando com ilustradores, artistas etc. É difícil colocar a sua arte, o “seu bebê”, nas mãos de outras pessoas?

Para os filmes, com certeza [risos]. Eu acho que Hollywood no geral, não a Netflix como empresa, mas os cineastas especificamente, eu acho que quando você tem pessoas que não são tão apaixonadas ou não conhecem muito bem os romances e quão grande é a audiência que esse gênero atrai, você meio que neglicencia coisas muito importantes. Então, foi difícil para mim colaborar com pessoas que eu sentia que não entendiam isso [risos]. Fazer um bom filme e ter a certeza de que os responsáveis para que [eles] fossem feitos, que são os fãs e não os cineastas necessariamente, ficassem satisfeitos com o resultado era a minha prioridade. Mas não importa qual seja a adaptação, qualquer fã, até mesmo eu como leitora, sempre que há uma adaptação sendo feita eu penso: “Isso não é igual no livro!”, então eu entendo, mas colaborar com ilustradores, coloristas, letristas e o time do Wattpad-Webtoons foi uma experiência completamente diferente para mim. Era um ambiente muito saudável e calmo. O processo com a HQ foi muito menos desgastante mentalmente, eu diria.

Já que você está revisitando seus livros diversas vezes em vários formatos, você também está revisitando críticas sobre sua obra. Houveram várias críticas sobre o comportamento de Hardin ou sobre o seu relacionamento com Tessa. As mesmas críticas apareceram com os filmes da Netflix e eu imagino que elas reaparecerão quando as pessoas lerem a HQ. Sempre que você adapta sua história, você fica tentada a mudar essas críticas que fazem sobre sua história?

Existem algumas coisas, especialmente agora que tudo está tão diferente de quando comecei a escrever e o conteúdo que eu consumia era diferente, mas eu realmente não mudo as coisas por conta das críticas. Porque a verdade é que, por mais que seja frustrante ter milhares de pessoas na internet te atacando por personagens fictícios [risos], eu realmente quero criar histórias controversas. Eu não quero contar uma história da garota e garoto perfeitos que se conhecem, saem juntos e tudo é lindo e maravilhoso até o final. O que é a vida sem um pouco de complicação? As pessoas são complicadas, na realidade.

Se você analisar, Hardin e Tessa são seres humanos bem realísticos, especialmente Hardin e ele sempre leva a culpa por tudo. E a Tessa não é um anjinho perfeito. Eu a amo muito, mas ela é manipuladora, controladora, crítica e distorce as coisas a seu favor sutilmente. Ela faz as mesmas coisas que ele, mas de maneira diferente. E se eles fossem reais, digamos que com seus 18, 19 anos de idade, eles estariam condenados para sempre por cometerem erros? Esse é o tipo de coisa que eu tenho vontade de gritar na internet, mas não faço isso. Eles são adolescentes [risos] e eles não têm noção de muitas coisas sobre a vida ainda. Eu nunca conheci alguém que sempre tomou a decisão certa. As pessoas cometem erros e isso não significa que elas merecem ser condenadas pelo resto de suas vidas. O Hardin trata Tessa da maneira que deveria? De jeito nenhum, mas esse é o ponto da série inteira [risos]. Eu não tinha experiência com escrita, apenas escrevia como um hobby na internet e virou algo maior. As pessoas são muito rápidas para julgar. Então, os meus personagens são tóxicos? Com certeza, eles são sim. Eu nunca vou escrever sobre personagens perfeitos. Se você está procurando por eles, eu recomendo dar uma olhada na estante infantil da sua livraria [risos].

Desconsiderando as críticas, você teve vontade de fazer alguma mudança drástica para a história da HQ?

Não uma mudança drástica, mas existem algumas coisas que eu escrevi no passado e que agora não fazem mais sentido para mim. Não por conta das críticas, mas porque eu penso que na versão mais curta, essa não é mais uma representação bacana do personagem ou não é algo que eu gostaria que ele fizesse. Eu não vou mudar os seus traços, mas tem uma coisa que o Hardin faz, que, basicamente, ele guarda uma prova sobre toda a situação da aposta e quando paro para pensar sobre isso, eu fico “O que é que eu estava pensando?” [risos]. Eu sou apaixonada por romances mais pesados, adoro histórias controversas. Eu também amo perguntar quando pessoas estão super criticando a história: “Está bem, mas o que você assiste? Game of Thrones? Euphoria? Se você está consumindo essas coisas, você também está enviando ameaças para os criadores delas na internet?”[risos] Mas têm coisas que eu mesma vejo que não concordo mais. Eu só não quero que o meu personagem faça mais isso, mas sem perder todo o trauma ou a consequência desse trauma que faz com que eles se comportem tal maneira.

Qual foi a maior mudança que você fez dos livros para a HQ?

Hmm, essa é uma boa pergunta. Talvez fazer cortes. Especialmente agora quando estamos trabalhando no próximo volume e nos aprofundando cada vez mais na história, eu vou lendo e penso “Uau, essa mesma briga pela 40ª vez” [risos], mas essa é a realidade. Se você não aprende com os seus erros, você não consegue consertá-los até encontrar a causa do problema. Muitas das mudanças são apenas cortes, não acho que tenha nenhuma mudança drástica até o momento, pelo menos. Vou dar um spoiler sem contar muito, mas talvez eu faça uma mudança um pouco mais drástica próximo do fim, mas no momento estamos seguindo fielmente com os livros.

E falando sobre o final, existem 4 livros de “After”, sem incluir o prequel “Before”. Isso significa que teremos, pelo menos, 4 volumes adaptando cada um dos livros ou você tem outros planos considerando o tamanho deles?

Na verdade, serão 7 volumes da HQ [risos]. O terceiro livro da série possui 897 páginas, então ele é BEM longo. Mesmo se cortássemos várias partes dele, não quero perder muito do seu enredo porque então estaríamos fazendo um novo volume da HQ apenas por fazer e para ser vendido. Essa é a última coisa que eu quero fazer, especialmente neste ponto da minha carreira. Para mim, isso é muito importante. Por mais que precisemos condensar a história por conta do formato, eu não quero perdê-la porque não quero simplesmente vender um produto. Eu quero vender a história em si. Então, por enquanto, 7 volumes, mas enquanto vamos trabalhando neles, tenho um pressentimento de que vamos precisar de mais [risos].

Tendo em mente como cada cena e personagem se parecem, Pablo Andrés foi seu ilustrador e Werner Sánches, seu colorista. Como vocês três decidiram como a HQ de “After” seria?

Definitivamente foi um longo processo. Houveram muitos debates e ambos moram na Espanha, então tínhamos os textos e edições sendo feitas na França, ilustração e coloração na Espanha, e havia eu com o meu time nos Estados Unidos, além do Wattpad no Canadá. Foi meio que um projeto internacional, mas basicamente o Pablo enviava alguns rascunhos no começo do processo. Ele fez rascunhos um pouco grosseiros de Hardin e Tessa e então eu pedia alguns refinamentos, como “nariz menor, lábios maiores, queixo mais definido”. Eu sou muito orientada pelos detalhes, por isso os meus livros possuem milhões de páginas [risos], então haviam muitas anotações, especialmente no começo, mas Pablo e Werner foram muito pacientes. Sou muito específica sobre como cada personagem deve parecer. Exceto pela descrição dos personagens que precisava ser de determinada maneira, eu não queria que eles fizessem tudo que eu dizia porque eles eram os verdadeiros artistas no final das contas. Eu queria dar alguma liberdade para eles, então foi algo bem colaborativo, com exceção para algumas coisas específicas, como no início dos rascunhos de Hardin. Eu dizia: “Ele está muito magro, ele precisa ser assim, essa tatuagem precisa ser tal maneira”, coisas desse tipo. Mas foi um trabalho bem colaborativo, tivemos diversas conversas e fizemos vários ajustes, eles tinham ideias que funcionaram muito bem, como a cor do cabelo da Steph, que foi mais uma colaboração do que simplesmente “eu quero um cabelo vermelho!”. Foi algo do tipo: “O que você acha desse tom? E esse outro?” Cada pequeno detalhe, como a cor dos olhos, tons diferentes de cores a serem escolhidos, podemos fazer mais claro? E mais escuro? Foram muitos detalhes.

Já que estamos falando tanto sobre quão divertido foi trabalhar nessa história em quadrinhos, isso significa que haverão mais HQs vindas de você além de “After”? Tanto de você como autora quanto da Frayed Books?

Eu acho que sim. Não posso dar certeza, mas eu realmente gostei desse formato de contar histórias e seria muito divertido criar uma história original ou talvez adaptar outra de minhas obras. Mas eu amei e agora penso: “Essa experiência abriu um novo mundo criativo na minha mente.” Então eu diria que provavelmente.

E para encerrarmos, tem algo que você queira que os seus fãs, novos admiradores ou qualquer pessoa saiba antes de ler a sua HQ?

Eu diria para eles que, se você está com uma cópia da HQ em mãos, muito obrigada pelo seu apoio e por me ajudar a viver o meu trabalho dos sonhos, basicamente. Eu espero que a história te leve para um novo mundo longe do qual estamos vivendo atualmente e que você pode escapar para essa história de amor e acompanhar o desenvolvimento dessas emoções. Isso foi para os novos leitores, já para os meus fãs, eu gostaria de dizer obrigada! Em caixa alta com 20 exclamações no final [risos]. É por conta deles que posso fazer coisas como essa e eu sou muito, muito, muito sortuda e grata como uma autora que começou escrevendo fanfic na internet e agora tenho uma história em quadrinhos best-seller que acabou de ser lançada, então tem sido uma jornada incrível.

“After: The Graphic Novel – Volume One” de Anna Todd e Pablo Andrés chega ao Brasil em breve. O Volume Two está previsto para ser lançado mundialmente na primavera de 2023.

Matéria por Joe Anthony Myrick para ScreenRant
Tradução e Adaptação por Equipe After Brasil

Matéria publicada por: Marcelo Ramos

Você vai querer deixar um espaço de sobra na sua estante (ou Kindle) porque a nossa rainha favorita do Wattpad Anna Todd está nos abençoando com uma nova série de livros. A Cosmopolitan tem todos os detalhes exclusivos de seu mais novo lançamento e você não vai querer perdê-lo.

É isso mesmo, Anna Todd está de volta e pronta para lançar “The Falling”, o primeiro livro na trilogia de Brightest Stars, que será lançado em 5 de Julho. A história segue a jovem Karina de 20 anos que se apaixona por alguém na base militar de sua cidade. Embora ela seja capaz de consertar qualquer coisa em sua vida, talvez ela não consiga consertá-lo do jeito que esperava.

Confira abaixo os detalhes de “The Falling”, a ser publicado pela editora da autora em parceria com o Wattpad:

A jovem Karina de 20 anos tem orgulho da vida independente que está tentando criar para si mesma em Fort Benning, na Geórgia. Filha de um oficial, irmã apoiadora de um irmão gêmeo problemático, amiga caridosa de sua colega de quarto Elodie, ela sempre coloca as necessidades dos outros em primeiro lugar e se orgulha de ser aquela que conserta coisas – seja a casa que ela acabou de comprar ou a família fragmentada que ela trabalha duro para manter intacta.

“Assim como todos que cresceram ao redor de uma base do exército, Karina também conhece o som que acompanha os homens e mulheres que voltam da guerra para suas casas. E quando ela conhece Kael, um soldado charmoso à beira de ser dispensado, ela fica imediatamente intrigada por sua presença e silêncio enigmáticos. Enquanto sua inesperada e incerta amizade começa a evoluir para algo a mais, Karina tenta entender a história de Kael: ele é emocionalmente fechado, está se recuperando de ferimentos e outros traumas deixados por duas idas ao Afeganistão. Como fisioterapeuta, Karina tem um grande desejo de ajudá-lo a se recuperar, e embora isso mexa com suas inseguranças e ansiedade, ela tem um desejo igualmente forte em confiar nele. Mas essa confiança é frágil, assim como a preciosidade da vida de um soldado. Ela pode partir em um instante. Enfrentando caminhos difíceis, seu relacionamento será testado pela única coisa que Karina não consegue aceitar, perdoar ou entender.

A trilogia “Brightest Stars” de Anna Todd continuará com “The Burning” e “The Infinite Light of Dust”, a serem lançados em breve.

Confira abaixo um trecho exclusivo de “The Falling”:

Eu acordo com o celular em meu peito. Parecia que o aquecedor estava ligado. Olhei para o relógio: quase 4h da manhã. Eu tinha que acordar às 8h para fazer compras, abastecer o carro e estar pronta para trabalhar às 10h. Pensar na minha lista de afazeres estava me estressando no meio da madrugada, fazendo com que meu cérebro muito acordado voltasse a dormir. Eu levantei a minha camiseta, liguei o ventilador na velocidade máxima e deitei de volta, deixando que o ar refrescante preenchesse o quarto e tocasse minha pele.

Abrindo o Facebook no meu celular, conferi a lista de amigos de Elodie e digitei o nome de Kael. Nada apareceu, então procurei por ele de novo. Mudei a minha pesquisa para “Mikael Martin” e achei um perfil com menos de 100 amigos, o que parecia estranho para mim, mas fazia sentido para aquilo que eu sabia dele, até então. Eu não conversava com 99% das pessoas que eu era “amiga”, mas ainda sim tinha quase 1.000. Isso parecia um exagero, mil pessoas com quem nunca conversei terem acesso a mim.

A sua foto de perfil era uma com Kael e outros três soldados. Eles estavam vestindo seus uniformes de combate e parados ao lado de um grande tanque. Kael estava sorrindo na foto, talvez até rindo – seu sorriso era grande assim. É estranho vê-lo dessa maneira, seus braços em torno de um dos caras. Talvez aquele era o tal sorriso que eu tanto pensava sobre? Eu dei zoom na imagem. Meu estômago formigou. Voltei para o seu perfil, mas além da sua foto de perfil e Fort Benning, Georgia, eu não consegui achar nenhuma outra informação sobre ele. Tudo era privado. Eu quase pedi para adicioná-lo, mas parecia coisa de stalker pedir para ser sua amiga no Facebook enquanto ele estava dormindo em uma cadeira na minha sala de estar.

Saí de seu perfil e joguei meu celular para o lado vazio da cama, me sentando. Estava tão calor no meu quarto que estava começando a imaginar que Elodie talvez tivesse ligado o aquecedor ao invés do ar condicionado outra vez. Minha garganta estava seca. Eu conseguia sentir o suor escorrendo pelo meu pescoço quando prendi meu espesso cabelo cacheado.

Kael e Elodie estavam dormindo na sala de estar, então fui cuidadosa ao passar pelo corredor até a cozinha. Eu conhecia o piso da minha casa tão bem que pude andar facilmente por cada centímetro na escuridão com apenas a ajuda da luz noturna ligada em uma tomada da cozinha.

Peguei a jarra de água da geladeira e bebi tudo até não conseguir mais, minha garganta queimando do gelo. Toda noite quando eu era criança, minha mãe trazia um copo de água gelada para me ajudar a dormir. Eu parei com essa mania alguns meses atrás, mas continuei deixando uma jarra na geladeira, caso eu sentisse a necessidade daquele conforto novamente. Fechei a geladeira e quase gritei quando vi Kael sentado na mesa da cozinha.

“Merda, você me assustou.” Eu enxugo meus lábios molhados com a palma da minha mão. “Desculpa se eu te acordei. Está muito calor aqui.”

“Eu estava acordado.”

Eu dei um passo mais perto dele e seus olhos acompanharam meu corpo, parando na minha camiseta levantada até a barriga e minhas coxas expostas, quando percebi que eu mal estava vestida. A cozinha estava escura, mas ele com certeza conseguia ver, pelo menos, o contorno do meu corpo. Eu abaixei a minha camiseta, tentando desfazer o nó que fiz na bainha.

“Por que você está acordado? Você estava apenas sentado aqui no escuro?”

A cabeça de Kael deu uma leve inclinada, como se ele estivesse confuso pelo o que eu estava dizendo, e ele olhou para as minhas pernas. Imediatamente, senti uma onda de insegurança, pensando sobre as várias celulites que haviam nas minhas coxas. Ele olhou de volta para cima, no meu rosto.

“Posso beber um pouco dessa água?” ele perguntou.

Meu rosto ficou vermelho, pensando como eu não tinha percebido a presença dele sentado na cozinha enquanto fui até a geladeira e peguei água de uma garrafa plástica.

Eu assenti e abri a porta da geladeira. “É só água da torneira. Eu compro uma dessas. ”— eu segurei uma garrafa com o selo Água de Nascente—“de vez em quando e só encho de novo com água da torneira. Então, não é água de nascente de verdade.”

“Eu consigo tomar água da torneira.”

Seu sarcasmo me surpreendeu. Sorri e ele sorriu de volta, também uma surpresa. Ele pegou a garrafa da minha mão e a levou até sua boca sem tocar nos seus lábios. Não consegui ver o que ele estava vestindo, ou não vestindo nesse caso. Ele havia tirado a jaqueta do seu uniforme e sua camiseta, e sua calça camuflada estava tão baixa na cintura que revelava sua cueca que quase conseguia ler a marca dela, mas eu sabia que não deveria tentar. Olhei de volta para o seu rosto enquanto ele tomava outro gole de água.

“Então, por que você está acordado? Se acostumando com a diferença de horário?” Eu perguntei.

Ele me devolveu a garrafa e eu dei outro gole. Ainda estava com calor, mas a cozinha estava mais fresca do que meu quarto. O piso frio estava confortável nos meus pés. Olhei o termostato que fica dentro da sala de estar, próximo do corredor. Estava marcando 21ºC, e estava nessa temperatura aqui, exceto no meu quarto. Será que eu estava ficando doente? Eu não poderia ficar – literalmente.

“Eu não durmo muito,” Kael finalmente respondeu.

“Nunca?”

“Nunca.”

Eu sento de frente para ele na mesa de madeira escura da cozinha.

“Por conta de onde você esteve?”

“Não a casa do seu pai,” ele disse com uma dose de ironia, mas sem nenhum traço de humor em seu rosto. Nem no seu forte e marcante mandíbula. Ou em seus olhos nebulosos que estavam vermelhos por não conseguir dormir.

“Ha-ha.” Eu revirei os meus olhos, tentando impedir meu cérebro de imaginá-lo no Afeganistão.

“Guerra, é claro.” Seus olhos estavam na direção de suas mãos, não em meu rosto. Ele lambeu seus lábios, deixando um pequeno riso escapar. “Eu penso se vou ficar falando disso a minha vida inteira, sabe, como os veteranos do Vietnã que conheci no hospital. Ainda contando histórias de 50 anos atrás.”

Meu estômago começou a doer pensando sobre esse jovem quieto na zona de guerra, sendo acordado por cápsulas de armas ou foguetes ou qualquer terror que ele tenha vivido, enquanto eu reclamo e lamento para mim mesma sobre coisas insignificantes e as pequenas misérias da vida. A perspectiva foi um tapa na cara.

“Eu acho que é estranho estar aqui de volta.” Ele suspirou. “Como se eu não tivesse certeza do que fazer comigo.”

Entre a sua honestidade e vulnerabilidade estampadas em seu rosto, eu pensei que talvez estivesse tendo essa conversa em um sonho. Era como se eu pudesse ler a sua mente e sentir sua dor, embora ele estivesse fazendo um bom trabalho ao tentar escondê-la. Eu era uma expert nisso e conseguia identificar quando alguém tentava esconder suas emoções na mesma hora.

“Você precisa voltar?” eu perguntei, esperando que ele respondesse não.

Na minha mente, um alarme estava disparando, gritando para me alertar, o talvez Kael, sobre como eu estava começando a me sentir sobre ele. Eu o conhecia a menos de 48 horas, e ainda sim quis protegê-lo, impedi-lo de voltar. Apenas ter a certeza de que ele não iria se perder… em qualquer maneira que alguém pudesse se perder. Uma lista passou por minha cabeça enquanto encarávamos um ao outro por minutos que pareciam horas. Por que eu me importo? Eu olho para seu rosto, querendo ficar com uma cópia de como seus olhos estavam firmes, não olhando por toda parte, seus lábios estavam semiabertos, palavras hesitando em escapar. Seu foco foi para a parede atrás de mim. Eu senti como se ele estivesse lendo a minha mente, detectando simpatia que poderia ser facilmente interpretada como pena. Eu não sentia pena dele. Eu só sentia… que não conseguia entender exatamente o que eu estava sentindo. Quando se tratava de Kael e do exército, não era da minha conta. Ele sabia onde tinha se metido. Mas essa era a parte lógica do meu cérebro; Eu sabia que sentia o contrário. Eu estava mentindo para mim mesma sobre as consequências de servir, como se inscrever fizesse isso ser aceitável, e esse sentimento revirou meu estômago.

“Eu ainda não sei,” ele respondeu, e ambos ficaram em silêncio.

“Eu espero que não.” As palavras deixaram a minha boca antes que eu pudesse me importar como elas soariam.

Eu odiava a ideia de Kael na guerra, tão longe daqui. Se escondendo na escuridão de caixas de areia, construindo postes improvisados para serem destruídos por foguetes no meio da noite. Meu corpo inteiro ficou com raiva quando pensei sobre a sua vida lá, tantas vidas vividas e perdidas na guerra. Uma parte de mim sentiu que estava traindo a minha infância, a linhagem da minha família de soldados e aviadores, mas parece que eu não era tão patriota quanto esperava ser. Não se isso era o que significava. Eu nunca fui e nem a minha mãe. Você não conseguiriam convencer nenhuma de nós duas que violência seria a solução para qualquer qualquer coisa, não importa qual fosse o problema.

A cabeça de Kael encostou em sua mão dobrada. Seus olhos estavam se fechando.

“Eu quero… ficar aqui,” ele sussurrou, mal consciente.

Meu corpo inteiro ficou pesado. A vida militar, às vezes, era tão injusta. Eu queria perguntar para Kael se ele achava que esse era seu propósito na vida, ou o que fez ele se alistar para o exército?

Todos tinham seus motivos, mas qual era o dele? Ele era como a maioria dos jovens soldados que eu conhecia? Ele havia sido persuadido a se alistar pela pobreza ao seu redor e a promessa de um salário fixo e seguro de vida?

“Eu realmente—” comecei a falar, mas seus olhos estavam totalmente fechados. Eu olhei para ele através da escuridão e vi seu rosto relaxar, traço por traço. Seus olhos pararam de girar atrás de suas pálpebras, e me senti atraída para dormir enquanto eu o observava relaxar diante de meus olhos. Eu adormeci, não me importando se estava longe da minha cama.

© Anna Todd, 2022


“The Falling”, de Anna Todd, será lançado em 5 de julho de 2022.

Matéria por Tamara Fuentes para Cosmopolitan
Tradução e Adaptação: Equipe After Brasil

Matéria publicada por: Marcelo Ramos

Karina e Kael estão de volta em um novo capítulo muito pessoal para a autora porque o seu marido, assim como o protagonista, também um jovem soldado no exército. Anna Todd, que alcançou o sucesso com “After”, conta como surgiu a ideia do livro e porque ela decidiu falar publicamente sobre o movimento Black Lives Matter.

Sem “querido diário”: por ser uma millennial, Anna Todd nunca usou papel e caneta. Suas fantasias sobre Harry Styles, da One Direction, foram freneticamente escritas pelo teclado do seu celular, assim como E. L. James fez com a sua versão erótica de “Crepúsculo”, que se transformou na saga de “Cinquenta Tons de Cinza”. Após seis anos, essas histórias que nasceram como uma diversão e foram publicadas gratuitamente na plataforma do Wattpad (que conta com mais de 1.5 bilhão de leituras), se tornou “After”, uma série que virou um fenômeno mundial com mais de 11 milhões de cópias vendidas e US$ 70 milhões nas bilheterias com o primeiro filme (a sequência chegará nos cinemas até o fim de 2020). A escritora de 31 anos, até o momento, nunca deixou de visitar a Itália em suas turnês promocionais, um dos países onde ela é muito popular. É por isso que ela decidiu continuar com a sua tradição ao lançar seu novo livro, The Darkest Moon (Stars 2 – Noi come sole e luna, em italiano), ao organizar um encontro virtual com seus leitores italianos diretamente de Los Angeles. Com mais de uma hora de perguntas e respostas via Zoom, entre lágrimas, suspiros e uma foto em grupo, os fãs puderam conversar diretamente com a autora sobre suas curiosidades. “Você salvou a minha vida. Eu vivia um momento triste e obscuro e ler as suas histórias me deu forças para continuar vivendo,” uma adolescente confessou.

Após Hardin e Tessa de “After”, Anna Todd continua a contar histórias de amor tumultuosas: é o que acontece entre Karina e Kael, de Stars, em um novo capítulo ainda mais pessoal devido ao seu marido, assim como o protagonista, que também um jovem soldado no exército e ela está familiarizada com os efeitos que isso causam na vida do casal.

Qual é o tipo de amor que este livro conta?
Um que gera frustração em todos, incluindo eu, porque Karina e Kael sentem muita falta um do outro, mas não podem estar juntos. As suas experiências nasceram daquelas ao meu redor, mesmo que não sejam tão similares às minhas. Para ser sincera, meu marido constantemente faz piadas dizendo que, uma hora ou outra, tudo o que acontece entre nós acaba aparecendo nas páginas dos meus livros.

Então, a Karina não é muito parecida com você?
Não, o personagem que mais se assemelha a mim ainda é o Hardin, mesmo que a Karina seja aquela pessoa que pensa demais sobre as coisas, analisa tudo várias vezes, assim como eu. Enquanto escrevo, eu vou mudando o manuscrito tantas vezes que, em algum momento, eu preciso parar senão ele nunca verá a luz do dia.

Você já está pensando em um filme sobre “Stars”?
Eu recebi ofertas e eu gostaria de vender os direitos em breve, mas agora que conheço mais a fundo a indústria dos filmes, eu vou me tornar mais cuidadosa e prudente. Com certeza irei mudar algumas coisas em relação às condições sobre os direitos da história comparado com o que eu fiz com “After”.

Você tem mente alguns atores que gostaria de ver na adaptação?
Sempre. Eu não consigo escrever um personagem se não visualizar o seu rosto. Eu não sei o motivo, mas eu só consegui achar a [atriz que mais se assemelha à] Karina durante o final do segundo livro (a história será uma trilogia). Danielle Campbell, de “The Originals”, seria perfeita para mim.

E para o Kael?
Embora ele passe da idade certa para interpretá-lo, eu gostaria de ver o Michael B. Jordan. Sempre acontece assim para mim: se eu não tiver uma imagem clara das suas aparências, eu não consigo descrevê-los.

Após o sucesso de “After”, se tornou mais fácil de criar uma nova saga?
Não, muito pelo o contrário, na verdade. “After” nasceu de uma diversão e eu absolutamente não pensava que ele se tornaria um livro, muito menos um sucesso. Já com “Stars”, eu sinto a pressão das expectativas dos leitores que não quero desapontar.

Os personagens têm diferentes etnias. Qual é a importância de celebrar a diversidade hoje em dia?
O meu marido e filho são negros, então o movimento Black Lives Matter me tocou muito e ver tantas pessoas irem para as ruas e organizarem algo assim fez com que meu coração se abrisse. Antes, eu tinha medo de me expor para não irritar os meus fãs mais conservadores. Agora, eu não tenho mais medo: eu não concordo com a política do Trump e eu falo disso abertamente, mesmo que custe perder uma parte do meu público. Eu não gosto como os soldados são tratados, recrutados jovens e depois largados quando voltam para casa com sequelas de vários tipos, como estresse pós-traumático.

O que “After” e “Stars” têm em comum e o que os diferenciam?
O amor em “Stars” é mais maduro e complexo, mas nos dois casos nós estamos falando de almas gêmeas, uma força de atração que não pode ser escapada mesmo que você tente muito, como a Karina faz. Você não consegue escapar do seu destino. E todos eles têm pais desastrosos, mas não me pergunte o porquê disso. Simplesmente é assim.

A história de “After” realmente acabou?
Não mesmo. Eu adicionei várias histórias e detalhes às vidas de Tessa e Hardin que eu poderia continuar escrevendo por um muito tempo, mas não compartilhei nada porque não quero entendiar o meu público. Muitos leitores me pedem por mais, então eu decidi vou publicá-los, seja em uma livraria ou online.

Quanto significa para você não poder encontrar com os seus fãs para o lançamento desse livro?
Muito! Essa é a parte que eu mais gosto no meu trabalho, mas a segurança vem em primeiro lugar. Na verdade, eu estava muito hesitante em fazer a divulgação dele nesse período triste. No começo, eu nem queria escrever nada nas redes sociais, eu não queria parecer insensível ao falar sobre ficção quando, na verdade, pessoas estão morrendo ou perdendo pessoas amadas. Eu, no entanto, li muito durante a quarentena e entendi que precisamos de um escape e achar meios para nos entreter mais do que nunca.

Se uma editora não tivesse te descoberto na internet, qual profissão você teria seguido?
Blogueira de livros. Ser paga para ler seria um sonho, ou poder selecioná-los para uma editora. Se eu quisesse focar em algo mais seguro, com um plano de saúde, talvez eu acabaria tendo esses trabalhos chatos de escritório, dos tipos administrativos.

O que te motivou a continuar escrevendo?
Quando eu estava lá pela metade da fanfic em que “After” nasceu, percebi que as pessoas estavam gostando daquilo, então eu disse para mim mesma que talvez exista alguém que realmente queira ler o que eu gosto de escrever. Foi um sonho que eu nunca me permiti sonhar e então aqui estou eu – consegui tornar a coisa que mais amo no mundo em meu trabalho.

O que podemos esperar de Anna Todd para o futuro?
Um terceiro de livro de “Stars”, onde eu vou falar ainda mais sobre racismo; uma sequência de “Spring Girls”, a minha versão moderna de “Little Women”; e uma nova fanfic que eu vou deixar em segredo, por enquanto.

Qual conselho você daria para as pessoas que se inspiram em você ao redor do mundo?
Continuem sendo leitores ávidos, não sigam as tendências e não escrevam histórias apenas para agradar o público. Agora, mais do que nunca, as editoras estão procurando por vozes diferentes, jovens e novas, únicas. Elas estão esperando por você, não tenha medo e vá em frente.

Entrevista: Alessandra de Tomassi para a Vogue Italia
Tradução e adaptação: Marcelo Ramos para o After Brasil

Anna Todd respondeu uma série de perguntas feitas por fãs no seu grupo para leitores no Facebook, na tarde de hoje. A autora falou sobre After We Collided, mais livros no universo After, sequência de The Brightest Stars e novos projetos. Confira abaixo as perguntas e respostas:

Novos livros a serem lançados?
Sim! A sequência de “The Brightest Stars” e estou trabalhando em um livro que é secreto e diferente de tudo que já escrevi até hoje.

Você já sabe para onde irá com a turnê de AWC?
Ainda não sei.

Como está sendo a edição de AWC? Você tem alguma ideia de quando teremos o teaser?
A edição está indo muito bem! É bastante trabalho e um filme é realmente feito durante este processo! Eu ainda não sei sobre datas para o teaser, mas espero que em breve.

Qual a sua cena favorita do próximo filme?
A cena dos 9 dias ou uma que se passa no escritório (não posso ser muito específica).

Haverão mais livros sobre “After”?
Não posso dizer que não…

Histórias favoritas dos bastidores das filmagens?
Todas as nossas piadas internas e risadas. Nós tivemos um bom momento durante as filmagens, parecia um acampamento de verão.

Você chegou a imaginar que os livros de “After” fariam tanto sucesso como fazem agora e que faria um filme?
Nuncaaaa. Eu ainda não consigo acreditar.

Qual é a sua parte favorita sobre escrever?
Poder deixar a minha mente de lado e contar histórias, fazer as pessoas felizes.

Se você tivesse que escolher qualquer outro personagem além de Tessa, Hardin e Landon, quem você gostaria de desenvolver uma história própria e fazê-lo conhecido?
Molly! Eu amo demais a Molly.

Você pode descrever AWC em uma palavra?
Intenso.

Eu amaria se você escrevesse outro livro na série “After” falando sobre os anos que se passaram dentro da história, sobre os desafios do amor, eles criando uma família. Você já pensou nisso?
Sim! Eu tenho escrito bastante sobre isso ao longo dos anos e vou publicar algum dia.

Como você se força a escrever? Isso apenas acontece?
Algumas vezes, as palavras brotam para fora de mim, mas, outras vezes, eu tenho que forçar a escrever. Mas, todas as vezes que eu me forço, acabo apagando tudo o que escrevi 🙁

Parte favorita das filmagens de AWC?
Ver o grande crescimento dos personagens em comparação ao primeiro filme.

Quais são os seus planos depois que filmar todos os filmes da série “After”?
Espero que fazer os filmes de meus outros livros.

Objetivos que espera cumprir em 2020?
Terminar de escrever os dois livros que estou trabalhando!

Se você pudesse jantar com uma pessoa famosa, que já morreu ou que ainda é viva, quem seria? Por quê?
Hmmm, provavelmente Tom Hanks porque eu acho que ele é bondoso e um cara esperto. Ou Jane Austen para receber conselhos sobre como ser uma mulher no mundo editoral masculino.

O que te inspirou ao fazer Karina ter um irmão gêmeo em “The Brightest Stars”?
Eu queria que ela tivesse um “espelho” durante a sua jornada e Austin faz esse papel.

Como você definiria esta família que criamos?
Incrível e conectada <3

Qual o seu personagem favorito de “After”? E o seu livro e filme favorito de todos os tempos?
Hardin é o meu personagem favorito. Livro favorito é “Clockwork Princess”, filme é “Sleepless in Seattle”.

Quando será lançado o segundo livro de “The Brightest Stars”?
Este ano! Ele está quase pronto 🙂

Você planeja tornar os livros do Landon em filmes?
Eu espero que sim 😉

Tem algo que você pode nos contar sobre o trailer de AWC?
É quente e dramático.

Você escreveria outro livro sobre romances jovens parecidos com “After”?
Sim! Eu amo escrever sobre amores jovens.

Por que você apressou “After Ever Happy”?
Pressão da minha editora.

Por que você acha que as pessoas criticam a complexidade do relacionamento entre Tessa e Hardin?
Porque isso as deixa desconfortáveis e levanta questionamentos que muitos “romances” não fazem. Para mim, é por isto que eu gostaria de ser conhecida.

Você escreveria um spin-off focado exclusivamente na Molly?
Eu pensei em fazer isso diversas vezes!

Erros de gravações em AWC?
Sim.

Qual a sua parte favorita ao ver seus livros ganharem vida?
Ver o quanto eles tornam vocês felizes e conhecer a Jo e o Hero.

Hardin terá mais tatuagens?
Sim. Não como nos livros, mas terá sim.

Você faria mais audiolivros? Sua voz é incrivelmente linda!
Aw, obrigada! Na verdade, eu já considerei! Agora você está me deixando com vontade de realmente fazê-los!

Você fica irritada quando os fãs te atacam? Eu fico por você!
Sim haha. Não fico tão brava quanto costumava ficar, mas eu estava deixando isso me atingir, então percebi que o Twitter não é vida real haha

Pode nos dar algumas pistas sobre os temas abordados na sequência de “The Brightest Stars”?
Dor, vício, perdas e ansiedade.

Qual é o seu lugar favorito para escrever?
Cafeterias lotadas com vários assentos! Ou o meu escritório em casa, mas eu me distraio com muita facilidade haha.

Anna ainda disse que planeja voltar para responder mais perguntas, desta vez em uma live!

Você teve um bom Natal e Ano Novo?
Sim! Foi uma época ótima e de descanso. Eu passei bastante tempo balanceando entre cuidar da minha saúde mental e cuidado próprio, e planejando o novo ano. Espero que você também tenha tido [um ótimo Natal e Ano Novo].

Quais livros você está lendo atualmente?
Eu acabei de terminar “In Peace Lies Havoc”, de Amo Jones, e agora estou lendo “The Silver Swan”, também dela.

O que está no topo da sua lista de desejos?
Hmm, eu diria que ter uma casa cheia de netos e ser feliz, mas no topo mesmo é visitar a Tailândia e Índia.

Qual o seu livro favorito?
De todos, é “Clockwork Princess”. Os meus outros são “Clockwork Princess”, “The Bronze Horseman”, “You”, qualquer um de Jane Austen, e “God Shaped Hole”.

Você leria algumas histórias dos seus fãs no Wattpad?
Sim, é claro! Me manda o link.

O seu marido leu seus livros?
After não, mas ele sabe cada parte dele.

Você já ouviu falar sobre Madagascar? Existem muitos afternators por aqui, sabia?
Sim! Eu quero ir aí!

O que você faz quando se sente “parada” na vida? Eu estou em momento em que não vejo nenhuma luz no fim do túnel, então estava curiosa.
Eu medito bastante. Eu faria um lista, seja mental ou em um papel, das coisas que você deseja na sua vida e como chegar até elas. Eu também tentaria um hobby novo, começar a caminhar ou ler mais. Aprender uma língua nova, lembrar você mesma que é forte e capaz e a luz no fim do túnel chegará <3

Você tem alguma tatuagem que gostaria de fazer em 2020?
Eu tenho umas 3! A cauda de uma baleia, uma sobre Harry Potter e uma janela de avião.

Você consegue se imaginar participando do “Spill Your Guts or Fill Your Guts”, do James Corden, com Jennifer Gibgot e Roger Kumble?
Meu Deus, eu gostaria!! Vamos cruzar os dedos para que isso aconteça haha

Como está o Asher?
Muito bem, a linguagem dele está se desenvolvendo melhor recentemente e todos os seus terapeutas estão indo bem. Eu estou muito feliz e orgulhosa dele porque tem sido difícil para por um tempo.

Anna, você deveria escutar a música “Love Maze”, do BTS, e levá-la em consideração para o nosso filme ou uma playlist.
Eu AMO essa música

Quando você terá outros filhos?
Hmm, nós tentamos decidir quando,, mas eu estou tão ocupada agora com tantas coisas relacionadas a trabalho. Eu quero adotar e ter outro filho biológico, provavelmente nos próximos dois ou três anos?

Alguma vez você já descansou e aproveitou o seu sucesso? Tirar uma mini-férias?
Não haha todas as vezes em que tirei “férias”, eu acabei trabalhando o tempo inteiro. Eu espero por férias em 2022.

Como foi o seu dia?
Bom! Eu escrevi, recebi alguns telefonemas, e nesta tarde eu tenho uma reunião muuito incrível!!

Música favorita do momento?
Falling – Harry Styles.

Anna Todd é nativa de Dayton, Ohio de 29 anos e encontrou no Wattpad, um aplicativo de escrita social virtual, uma forma de se entreter entre seus empregos. Trabalhando em seu celular o dia todo, ela criou a Série After — cinco livros sobre Tessa e Hardin, uma história da “boa garota” que conhece o rapaz rebelde britânico. A sua fanfiction, cheia de amor por One Direction e Harry Styles, se transformou a história mais lida da plataforma com mais de 1,5 bilhões de leituras. Gallery Books publicou as edições físicas da história em 2014.

Quando perguntada para descrever seu estilo de escrita para uma pessoa que não a conhece, a residente de Los Angeles respondeu “ritmo rápido”, “dramático” e “muito conteúdo jove,-adulto angustiante”.

A sua carreira até agora chegou ao ápice em Agosto, quando ela esteve em Atlanta no set da adaptação cinematográfica de After, programada para ser lançada nos cinemas em 12 de Abril. Nós recentemente conversamos com Todd, que está lançando o 10º livro, “The Brightest Stars”, nesta terça. Com mais de 1,7 milhões de seguidores nas redes sociais, seus fãs podem esperar a história de Karina, uma massagista e filha de militar que cruza o caminho com Kael, um jovem soldado lidando com duas convocações ao Afeganistão. Essa entrevista foi editada e diminuída.

Chicago Tribune: Seu último livro é centrado no estilo de vida militar e estar casada com um veterano. O quanto de você foi refletido no livro?

Anna Todd: Acho que tem muito de mim nos dois personagens; mais nela, claro, mas não é em nenhuma forma autobiográfico, porque é um cenário completamente diferente e com pessoas diferentes. Mas definitivamente tem muita inspiração da vida militar. Eu sou casada com meu marido desde que eu tinha 18 anos, nós namoramos no ensino médio e ele foi para o Iraque três vezes — então tem muito de mim no livro e muitas das emoções de quando o meu marido foi convocado.

CT: Olhando para trás, você acha que se tivesse escrito outro tipo de fanfiction, seus livros teriam se tornado tão populares?

AT: Acho que nós nunca saberemos. Eu escrevi de um lugar dentro de mim que queria muito contar histórias, mas eu escrevia principalmente por ser fã. Eu amo fanfiction da One Direction e queria escrever uma, então não acho que eu jamais teria escrito se não fosse sobre eles.

CT: Você tem uma fã base grande em Chicago?

AT: Chicago é o lugar dos EUA onde tenho a maior base de leitores. Se eu pergunto aos meus leitores onde, nos EUA, eu deveria ir, Chicago sempre tem mais votos. As pessoas me perguntando, desde o começo, quando é que eu vou para Chicago? As minhas estatísticas de leituras no Wattpad é enorme em Chicago, é muito legal.

CT: Você criou o seu caminho até ser publicada. Você olha pra trás com medo agora?

AT: Quando eu estava escrevendo, eu não tinha ideia. Quando estava escrevendo, eu apenas pensava que estava fazendo aquilo por diversão. Eu não estava escrevendo para uma editora ou pelo modelo editoral, eu não pensava nisso, na verdade, mas de alguma forma deu certo pra mim. Eu sinto que manter o modelo editoral tradicional — onde você tem depende de um agente e envia seu manuscrito para 50 editoras e espera que uma delas goste de sua história — não vai se manter por muito mais tempo, porque sinto que leitura deveria ser uma democracia. A ideia de que um editor de alguma forma decide tudo o que nós teremos acesso é meio louco pra mim. É por isso que gosto do Wattpad, porque as pessoas decidem.

CT: Quem é a sua musa inspiradora?

AT: Eu amo contar histórias de primeiras vezes — primeiro amor, primeira experiência na faculdade, primeiro beijo, todas essas coisas. Eu me inspiro muito em músicas, mas é diferente com cada livro. Se você me perguntar o que acontece no final do segundo livro ou no fim da série, eu não tenho ideia. Quanto a “Stars”, enquanto eu pensava sobre o que iria escrever em seguida, esta história permanecia  comigo. Honestamente, acho que as minhas próprias experiências e apenas querer colocar tudo pra fora sem perceber que estou querendo colocar tudo pra fora.

CT: O que você espera que seus leitores levem consigo depois de ler qualquer um de seus livros? 

AT: Acho que quando eu leio uma história, ela muda alguma coisinha em nós, só um pouco. Eu quero que as pessoas mudem um pouco e espero que eu possa dar a elas uma forma de escape.

CT: Qual é o feedback de seus leitores?

AT: Normalmente, “você me fez amar leitura”, o que é sinceramente uma das minhas coisas favoritas de ouvir. Existem tantos pais, professores e bibliotecários que chegam até mim e dizem que vários jovens vão até eles pelos meus livros ou pelos clássicos que eu referencio em meus livros — o que é muito legal. No geral isso ou eles se apegam aos personagens porque eles parecem reais. Eu gosto de escrever personagens que parecem pessoas que eu conheço de verdade.

Nos Estados Unidos, “The Brightest Stars” tem lançamento marcado para 18 de Setembro, no Brasil, o livro será publicado pela Astral Cultural ainda em 2018.

Tradução por After Brasil. Você encontra a entrevista original aqui.




Nome: After Brasil / Anna Todd Brasil
Online desde: 19 de Junho de 2014
URL: afterbr.com / annatodd.com.br
Webmaster: Douglas Vasquez
Contato: contato@afterbr.com
Versão: 4.0

O After Brasil é a maior fonte sobre a série no Brasil e no mundo; oficializado por Anna Todd e as editoras e distribuidoras parceiras. Todo o conteúdo do site (fotos, notícias, vídeos e etc) pertencem ao site a não ser que seja informado o contrário. Este site foi criado por fãs e para os fãs e não possui nenhum tipo de fins lucrativos.
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AFTER
Status: Disponível
Direção: Jenny Gage
Roteiro: Susan McMartin

AFTER: Depois da Verdade
Status: Pós-produção
Direção: Roger Kumble
Roteiro: Anna Todd

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