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Matéria publicada por: Douglas Vasquez

Josephine Langford estrela o nono episódio da série antológica do Hulu que estreia nesta sexta-feira. Não é necessário assistir ao episódios anteriores.

Into The Dark é uma serie de suspense e terror norte americana, que teve sua estreia em outubro de 2018. Com episódios com cerca de uma hora e meia de duração, como um filme, a premissa dela é que cada episódio seja inspirado no principal feriado do mês em que o mesmo será lançado. Episódios novos saem todos os meses por um ano inteiro.

O episódio que nos interessa, no entanto, acontece centrado no Dia dos Pais. Em They Come Knocking, uma família em luto viaja para um lugar remoto para lidarem com a perda da esposa e mãe. Distante da civilização, eles encontram crianças misteriosas que transformam essa viagem em um pesadelo.

Assista ao trailer do episódio:

A série é exibida no Brasil pelo canal fechado Space, com exibição para They Come Knocking (o canal tem serviço de streaming online) marcada para o dia 14 de Junho.

É possível assistir também online, através do nosso drive — episódio e legenda encontram-se juntas.

Outra alternativa é o site Very Stream. O episódio está sem legendas, mas através da ferramenta Settings, você consegue adicionar uma legenda à parte. Basta fazer o download da nossa legenda aqui e adicionar ao player.

E se você tiver acesso ao streaming Hulu, fora do Brasil, pode assistir ao episódio aqui.

Veja Josephine Langford em imagens oficiais da série em nossa Galeria:

JOSEPHINE LANGFORD > SÉRIES DE TV > INTO THE DARK > STILLS

Por  Joseph Bien-Kahn (19 de abril de 2019)

Em outubro de 2014, quando a produtora Jennifer Gibgot vendeu à Paramount Pictures os direitos de filme da obra de Anna Todd – fanfic tão popular inspirada em Harry Styles, o primeiro romance da autora ainda não havia sido publicado. After chegou às livrarias cerca de uma semana depois, tornou-se um best seller, foi traduzido para 30 idiomas e acabou sendo seguido por mais quatro romances. Uma adaptação cinematográfica parecia o próximo passo lógico para todos os envolvidos, e Gibgot ficou feliz por ter chegado cedo.

Nos meses seguintes, Gibgot ficou mais próxima de Todd, que se tornou uma estrela ascendente no mundo das fanfics. Gibgot começou a sentir um senso real de responsabilidade pelo futuro cinematográfico de After, tanto que ela começou a conversar regularmente com os seguidores assíduos da história no Instagram – os “Afternators”, como eles mesmos se denominam, que vinham bajulando Todd desde a primeira vez postou conteúdo sexual explícito sobre One Direction em sua fanfic online. As garotas sempre perguntavam a Gibgot por que o filme ainda não havia começado a ser gravado e quem interpretaria o amado Hardin Scott (nome que Todd escolhera para o personagem de Harry Styles no livro). Eles nunca saberiam? À medida que os meses se transformavam em anos, a Paramount parecia cada vez menos propensa a concretizar sua promessa de dar vida ao sexy e machucado Hardin Scott. Por que demorou tanto para trazer o romance adolescente favorito da internet para a tela?

Frustrada, Gibgot fez um apelo desesperado a uma executiva do estúdio. “Eu apenas fui até ela e disse: ‘Eu sei que isso não é sua culpa. Eu sei que você tentou. Mas você precisa me dar After de volta, se você não for fazer isso [produzir o filme],” Gibgot disse. “’Porque essas garotas não param de me escrever e eu sinto que estou realmente desapontando elas. Está meio que quebrando o meu coração.’” Em uma ação surpreendente, a Paramount concordou – com uma ressalva: a empresa devolve os direitos do filme a Gibgot, mas ela teria que encontrar apoio financeiro fora do sistema de grandes estúdios.


Na sexta-feira passada, cinco anos após a venda inicial de After, o filme finalmente chegou aos cinemas em todo o mundo. Embora tenha sido golpeado por críticos, os fãs de After foram às bilheterias como Gibgot sabia que eles iriam. O filme superou as expectativas, estreando com $6 milhões de dólares de bilheteria interna em seu primeiro fim de semana e ainda mais globalmente. Gibgot espera que o filme atinja $40 milhões de dólares internacionalmente até segunda-feira. Os espectadores estão ansiosos para ver o que um meme que se transformou em um blog que se transformou em um romance que se tornou um filme realmente parece.

Mas o que é mais interessante do que o resultado final – uma história sobre a maioridade tirada quase inteiramente das raízes de One Direction – é a saga dos cinco anos que precederam o filme. O processo de adaptação é sempre difícil; adicione mais um milhão de fãs hipervigilantes e fica ainda mais complicado. Para entender como um filme baseado na fanfic de Harry Styles se tornou um filme que não menciona Harry Styles, você tem que voltar ao início.


Muito antes do filme de After, Anna Todd era uma esposa de militar de 24 anos em Waco, Texas, que por acaso acabou entrando no mundo de One Direction. Isso foi em 2013, na época da “edição punk”, que envolvia tatuagens e piercings de celebridades com o Photoshop, transformando ídolos juvenis em estilo punk para o Tumblr. Todd pesquisou a plataforma de blogs WattPad, que abriga histórias geradas por usuários sobre personagens reais e fictícios, e notou que ninguém havia postado nenhuma fanfiction baseada no Punk Harry Styles ainda. Então, em abril de 2013, ela começou a contar a história de uma inexperiente caloura da faculdade chamada Tessa, que se aproxima de um grupo de estudantes de segundo grau tatuados chamados Harry, Zayn, Niall e Louis. (O amigo de Tessa da aula de inglês é, naturalmente, chamado Liam.)

Todd postava os capítulos de sua fanfic sob o nome de usuário “imaginator1D”. Na história de Todd, sua protagonista Tessa trai o namorado do colegial com Harry Styles, briga com a mãe, perde a virgindade e experimenta bebidas alcoólicas pela primeira vez. Ela e Harry brigam, terminam, se pegam e falam sobre Jane Austen. O que começou como um hobby se transformou em outra coisa quando o público de Todd cresceu; em julho daquele ano, sua história havia sido lida por milhões. Comentadores solicitaram pontos de enredo específicos, fizeram memes relacionados e escreveram suas próprias fanfics baseadas na escrita de Todd. Em 2014, seus posts alcançaram 1 bilhão de leituras, de acordo com as medições do WattPad.

Foi quando o acordo de livro chegou. Um ano depois, Todd conseguiu um contrato de três dígitos com a editora Simon & Schuster. O editor de Todd, Adam Wilson, trabalhou para corrigir os erros ortográficos e gramaticais deixados nos posts originais do blog (Todd não editou o trabalho dela antes de postar). Ele mudou os nomes dos personagens da One Direction, por razões legais; Harry Styles tornou-se Hardin Scott – igualmente tempestuoso, excitado e interessado em autoras e obras do século XIX. Wilson, com a ajuda de Todd, também cortou a história. A fanfic de Todd serviu uma platéia faminta pela “programação diária de seus personagens e o que eles estão fazendo o dia todo,” Todd me diz. “Houveram momentos em que Hardin e Tessa estariam no supermercado ou algo assim e seria um capítulo inteiro no WattPad que realmente não alimenta a história.”

Mesmo com as edições, a versão publicada ficou com 582 páginas de uma longa prosa. Então, quando Gibgot, fã do trabalho de Todd desde WattPad, vendeu os direitos do filme para a Paramount, a ideia de transformar o best-seller obsceno em um roteiro de 120 páginas pareceu especialmente assustadora. A agente da roteirista Susan McMartin enviou-lhe o livro em 2015. “Eu estava em Paris com minha filha de 13 anos e minha mãe de 85 anos,” ela diz, rindo. “E eu estou sentada lá lendo este livro como se estivesse lendo um pornô sujo.” Revendo linhas, sinto como meus olhos se arregalam e ouço meu próprio suspiro quando a masculinidade de Hardin aparece. Uau, é grande. Muito maior do que eu esperava. Como vai entrar na minha boca? Parecia estranho – e ainda assim ela não conseguia parar.

McMartin tinha 24 horas para se preparar para vender sua visão cinematográfica de After quando voltasse para os Estados Unidos. Sua proposta para uma sala de produtores – incluindo Todd e Gibgot – centrava-se em seu respeito pelo texto original. Ela foi contratada imediatamente para terminar o roteiro em sete meses, acompanhada de Todd durante todo o processo. Para McMartin, a parte mais difícil do processo de adaptação foi traduzir o despertar sexual no núcleo original da história para um roteiro de PG-13. “O livro de [Todd] é muito mais que 50 Tons de Cinza”, diz McMartin. “É uma versão jovem de um tipo de romance muito, muito fumegante.”

Imediatamente, McMartin sentiu a presença e a pressão do fandom de After na Internet. “Eles estão loucos para saber: ‘Quem foi contratado para escrever o nosso filme?'” diz Susan. Então ela começou a se comunicar diretamente com os Afternators, assim como Gibgot, twittando e postando vídeos em sua página no Facebook. Ela recebeu uma bênção pública de Todd no Instagram – na forma de uma selfie e uma legenda enfaticamente de exclamação enviada às centenas de milhares de seguidores da autora. Quando McMartin enviou o segundo rascunho no início de 2016, Todd postou uma foto do roteiro de seus fãs. “Eu não posso nem explicar para vocês o quanto amo o roteiro”, escreveu Todd no Instagram. “Eu estava com medo de que não fosse como os livros, mas é muuuuito”.

Por quase dois anos, no entanto, o filme ficou ocioso na Paramount, nunca passando da fase de roteiro para a produção. Depois de muita frustração, Gibgot pegou os direitos de After de volta em novembro de 2017. Imediatamente, a produtora encontrou três interessados diferentes em financiar o filme; ela foi com a CalMaple Films, um estúdio não muito grande cativado pelo status de best-seller do livro e suas massas de devotos nativos da internet. (Da mesma forma, quando chegou a hora de encontrar uma distribuidora no ano passado, a Aviron Pictures aproveitou a chance; ajudou A Barraca do Beijo, outra história da WattPad, a se tornar um sucesso na Netflix.) A CalMaple concordou em iniciar a produção imediatamente.

Com o financiamento garantido, Gibgot, Todd e os muitos produtores do projeto começaram o processo de contratação para a direção. Então entra em cena Jenny Gage, que dirigiu o muito amado documentário para adolescentes do Brooklyn, All This Panic, e teve uma visão jovem e autêntica de elenco de After  dirigido por fortes atrizes. “Eu estava lendo roteiros e as personagens femininas sempre pareciam os personagens secundários, sabe?” Diz Gage. “Este foi a frente e o centro a história da Tessa. Foi um despertar sexual de amadurecimento em todo o seu ponto de vista.”

Lembre-se: antes da contratação de Gage, a roteirista McMartin fez questão de se manter fiel à história de Todd. “Ferozmente leal”, ela me escreveu por e-mail. Mas Gage acreditava que algumas mudanças importantes precisavam ser feitas no roteiro de McMartin – havia muitos personagens masculinos e não havia foco suficiente no crescimento pessoal de Tessa. Então ela contratou a roteirista Tamara Chestna para assumir o papel de McMartin, antes de finalmente escrever um rascunho final do roteiro junto com seu marido, Tom Betterton, que também era o diretor de fotografia do filme. “Uma vez que a diretora chegou, ela trouxe uma nova roteirista, e ela e o marido também fizeram sua própria reescrita,” explicou McMartin. “Eu não tive voz no resultado.”

O casal veio para a adaptação de After na ordem inversa, lendo o roteiro de McMartin, depois o livro de Todd, e só mais tarde ficou sabendo de seus fervorosos fãs on-line. Mas eles rapidamente perceberam que estavam entrando em um projeto para o qual os leitores tinham imaginado o elenco da obra por anos. “Havia tantos personagens [no roteiro preexistente] e dizíamos: ‘Talvez devêssemos nos livrar de um?’” Diz Gage. “E foi como ‘Não, você não pode, porque os fãs vão ficar loucos’.” Na verdade, um amigo de Gage tinha visto um trailer de fã especialmente bem feito no YouTube e erroneamente assumiu que a versão do diretor seria um remake. “Desde o início, havia essa ideia, muito motivada pelos fãs, que seria muito antiga, cheia de arco, Riverdale“, diz Betterton. “Esse foi o elenco que os fãs haviam imaginado.”

Logo no início, os fãs envolveram em um ator chamado Daniel Sharman para interpretar Hardin (uma petição no Change.org “Daniel Is Our Hardin” apareceu em fevereiro de 2018). Nos anos que antecederam a produção, os Afternators – e até Todd e McMartin – twittaram regularmente para Sharman (junto com Indiana Evans de Ash vs. Evil Dead e Gregg Sulkin de Runaways). Mas Gage e Betterton queriam alguém mais jovem para o papel masculino principal; eles queriam atrair os adolescentes em 2019, não em 2013. No final, era menos importante para eles que Hardin se parecesse com Harry Styles.

Um dos primeiros atores que eles fizeram o teste foi Hero Fiennes-Tiffin, o sobrinho de Ralph e Joseph Fiennes, então com 20 anos de idade, que interpretou o jovem Voldemort no sexto filme de Harry Potter. “Imediatamente nos apaixonamos por Hero. Nós o achamos na primeira semana de testes e continuamos por seis meses,” diz Gage. “Com o Hero, os produtores não estavam a bordo. Em nada. E eu ficava dizendo: “Confie em mim”. Eles não estavam convencidos de sua aparência.”

Em um ponto, Gage e Betterton se reuniram com um diretor de elenco e produtor da Creative Artists Agency para tentar encontrar sua Tessa. Gage postou uma foto da reunião do Female Filmmaker Friday. No quadro havia uma impressão com possíveis atrizes acompanhadas de tiros na cabeça do tamanho de um selo postal. “Você não conseguia ver nada!” disse Gage. “Mas os fãs conseguiram um aplicativo de ampliação …” “Aumentar, aumentar, aumentar,” disse Betterton, rindo. Quando os fãs não viram o nome da sua favorita, Indiana Evans, houve tumulto público. Os produtores acabaram escolhendo Julia Goldani Telles de The Affair de qualquer forma, mas ela desistiu em julho do ano passado devido a problemas de agendamento. Então, Josephine Langford tornou-se a Tessa do filme. (Langford, a irmã mais nova de Katherine Langford, de 13 Reasons Why, que leu para o papel e esteve na curta lista de Gage por algum tempo, não conseguiu oficialmente o papel principal até duas semanas antes do início das filmagens.)

Dispensável, será dizer que esta iteração de #Hessa não foi a que os fãs sonharam – na tela ou no roteiro. Hardin tinha arestas que tanto McMartin quanto Chestna tentaram suavizar em suas respectivas adaptações. O galã de Todd dirigia um muscle car e conhecia passagens do Morro dos Ventos Uivantes – detalhes que os roteiristas mantiveram felizes -, mas também era dominador; sua provocação de paquera poderia parecer abusiva, e sua tendência a policiar o paradeiro de Tessa podia parecer controladora. Gage e Betterton trabalharam para atualizar sua história e a história ao seu redor, cortando uma cena de casa de fraternidade que quase se transforma em agressão sexual. A colega de quarto de Tessa, Steph, tornou-se gay (e uma fumante de maconha), e um dos garotos da One Direction foi escrito como mulher.

Mais importante ainda, a equipe de Gage alterou consideravelmente a reviravolta chocante que encerrou o conto original de WattPad de Todd. Na versão de Todd, o caso de amor #Hessa é revelado como mais uma versão moderna de A Megera Domada – uma versão mais suja e séria de 10 Coisas Que Odeio em Você. Nas brutais páginas finais do livro, os amigos rindo de Hardin explicam a Tessa que ele trouxe os lençóis sangrentos do primeiro encontro sexual para provar que ganhou uma aposta. O filme envergonha a culpabilidade de Hardin em toda a história, permitindo que o protagonista saia com sua humanidade à la Patrick Verona.

Todd, sempre em contato próximo com seus fãs via Twitter e Instagram, os preparou para a maioria dessas mudanças. Ela estava ciente de que partes do modo como ela escrevia o relacionamento de Hardin e Tessa precisavam de revisões em 2019; Todd estava com 20 e poucos anos quando imaginou, afinal. Ela e Gage, que fizeram muitos jantares e telefonemas durante o processo de criação do protagonista masculino, enfatizaram que adoravam trabalhar juntas e quase sempre encontravam um meio-termo.

No entanto, as duas tinham visões divergentes de Hardin: a versão de Todd era uma mal-humorada de Harry Styles; o de Gage ainda é pensativo, mas decididamente mais gentil e PG-13 – ele não tem cabelos longos e encaracolados. “Isso definitivamente foi difícil porque eu sei, com Hero, ele não queria que isso acontecesse”, diz Todd, referindo-se à transformação de cara legal em After. “Eu não queria que isso acontecesse. Josephine não queria que isso acontecesse. Mas essa é uma das coisas que a diretora queria que acontecesse. Então nós estávamos todos contra uma pessoa que era a diretora. Foi um pouco difícil encontrar o meio termo com isso.”

Adaptação, como a tradução, é uma tênue negociação entre originalidade e originalismo. Como boa parte da ficção de jovem-adulto, After segue uma protagonista adolescente que é impulsionada para uma situação desconfortável e depois forçada a amadurecer rapidamente. Mas a história de Todd não tem lobisomens, vampiros, magos ou doenças crônicas. Não é pós-apocalíptico; o destino do mundo não está em jogo. É sobre uma retraída caloura de faculdade, um bad-boy e um primeiro amor tumultuoso. A razão pela qual ganhou a visibilidade foi porque também era uma história da One Direction; parte do gancho estava deixando os leitores namorarem Harry Styles.

No final, o filme perde todas as suas conexões One Direction e muito do seu Hardin Scott. O protagonista se torna algo como uma fotocópia de uma fotocópia de uma foto de Harry Styles; Ainda é bom olhar de longe, mas um pouco confuso quando você chega perto. A questão é: o que mais poderia ter sido feito? Uma adaptação fiel do relacionamento #Hessa de 2013 teria parecido um retrato inconveniente de um relacionamento tóxico hoje. Também teria obtido uma classificação de filme que proibiria o público-alvo de assisti-lo. Talvez traduzir Harry Styles de um punk Harry para Hardin Scott para o cinema sempre foi um esforço complicado. “Acho que é uma espécie de declaração geral para dizer: ‘Ah, estamos mudando isso por causa desse momento.'”, Acrescenta Todd. “Eu acho que é talvez do outro lado do extremo. Estamos problematizando Game of Thrones por causa de 2019? Não. Eu não queria que Hardin fosse apenas uma manchete de “Oh, ele é um bad boy!” Ou “Ele é isso” ou “Ele é aquilo”. Então, fiquei feliz em tirar um pouco da personalidade dele. Mas eu sinto que se perdeu um pouquinho na tradução, às vezes, para onde ele simplesmente sai como unilateral.”

Tradução por Beatriz Frazão

Por Santiago Alverú (12 de abril de 2019)

After é o último fenômeno de uma fã que vive no mundo do cinema. Nós falamos em Madrid com os seus protagonistas enquanto uma multidão de pessoas os perseguem pelas ruas.

Anos atrás, Anna Todd era uma adolescente fã de One Direction. Tanto que ela começou a escrever uma história de ficção em que uma garota conhecia Harry Styles. A história foi feita online, ganhando uma grande comunidade de fãs que pensaram e influenciaram o futuro dos personagens. Todd adicionou um pouco de açúcar, temperos e uma história de universitários, e assim foi como After nasceu, uma das sagas literárias mais bem sucedidas dos últimos anos.

Se vocês não sabem absolutamente nada sobre o que estamos falando, vocês podem não ser um alvo desse fenômeno. Embora seja difícil de acreditar: essa história com nuances eróticas sobre um amor universitário nos EUA cruzou fronteiras geográficas de todos os tipos. “Eu acho que as pessoas são muito atraídas por esses tipos de fantasia que ocorrem durante os primeiros anos da universidade,” Anna Todd disse, “e a universidade ou as instituições americanas têm elementos que são conhecidos por todos. É uma coisa muito única, mas ao mesmo tempo tremendamente universal: dando um passo em direção à vida adulta, separando-se de sua família, forçando-se a ser social, conhecendo outra classe de pessoas, etc. Tem algo sobre a universidade nos Estados Unidos que o cinema levou ao mundo todo. Isso nos permite alcançar um público muito maior.”

Fãs do filme (o qual ainda não foi lançado) parecem vir diretamente da origem literária da saga. “Há indícios, como o fato de que muito dos livros estão de volta aos melhores vendedores. Recebo e-mails que dizem: ‘Acabei de ver o trailer e eu comecei a ler os livros, eu estou indo para o terceiro!’. Eu tenho uma conexão tão direta com meus leitores que eu acho que é uma comunidade pequena, mas é obviamente enorme e cresce a cada dia.”

Os olhos de Josephine Langford brilham quando o assunto é cinema: “Meu gosto em cinema é bastante diverso, mas eu definitivamente sou louca por filmes indie. Good Time é um filme maravilhoso, assim como Personal Shopper. Eu não acho que seguir um caminho similar a de qualquer um deles fosse de algum modo negativo.”

Ao comparar After e Crepúsculo, Hero é mais reservado. “Não é uma comparação que foge. É uma honra. Mas eu não ousaria me pronunciar sobre isso, cada um é diferente e não importa o quanto eu admire os dois atores e seja uma inspiração, eu gostaria de ter um nome e um caminho separado.”

Igual ao que ocorreu em Crepúsculo, o filme prevê um esmagamento de críticas mas quem se importa? As críticas especializadas à imprensa não têm poder aqui. “Este não é um filme para eles,” Anna Todd diz desafiando. “A rejeição dos críticos é algo que vem acontecendo comigo desde que comecei com os livros. O New York Times poderia ter comentado sobre o meu trabalho, mas sempre de uma posição de distância, sem me considerar uma verdadeira escritora, mesmo vendendo milhões de livros. É por isso que eu não esperava que a passagem dos livros para o filme fosse mais simples.”

Que Anna é uma fã de One Direction já sabemos, mas Hero e Josephine são fãs de algo em especial? “Eu nunca fui fã de nada em um nível extremo, eu não acompanho ou coisas assim… mas sempre gostei muito de Star Trek”, confessa Josephine, enquanto Hero é novamente o recatado do trio: “Eu não ousaria a me comparar com os fãs de After. Eles são de um nível muito alto.” Sem dúvida, amigo. Sem nenhuma dúvida.

Tradução Josephine Langford Brasil

Por Kelsea Stahler (12 de abril de 2019)

Josephine Langford não é a próxima Bella Swan, mas ela está pronta para tudo depois de After. A atriz australiana vai estrear na adaptação cinematográfica de uma fanfiction que virou fenômeno, e ela está curiosamente calma sobre tudo que vem com isso.

Josephine Langford está trancada para fora do seu quarto do hotel. A atriz acaba de encerrar três dias cheios de entrevistas, aparições na TV e a premiere de seu novo filme, After. Finalmente chegou a noite e ela esteve de saltos o dia todo. Agora teria sido um ótimo momento para relaxar e descontrair. Se ela está cansada ou estressada por ficar trancada, ela não deixa transparecer isso por telefone. Em vez disso, ela me diz em um tom energético que ela acabou de sair de seus saltos e está preparada para sair no corredor do hotel, descalça, para “andar e conversar”.

After, que sai dia 12 de abril, é baseado na série de livros de mesmo nome que começou como uma fanfiction do One Direction no Wattpad (mesma comunidade de fanfiction que lançou outro romance adolescente – A Barraca do Beijo). A versão original de After, que acumulou 542 milhões de visualizações até o momento, inclui um líder romântico chamado Harry Styles, e os amigos de Harry, Zayn, Liam, Louis e Niall. Mas quando a história explodiu e a autora Anna Todd, também conhecida como Imaginator1D no Wattpad, desembarcou em um contrato multimilionário com a Gallery Books, legalidades entraram em cena. O galante e inquietante britânico foi rebatizado de Hardin Scott (interpretado por Hero Fiennes-Tiffin no filme); Zayn tornou-se Zed Evans (Samuel Larsen).

Um segmento muito vocal do fandom de One Direction teve problemas com a representação de Styles como um idiota – uma fã particularmente zelosa começou uma petição na change.org nomeada “Não produza fanfiction glamourizada!” em protesto. Pelo lado positivo, existem milhares de fãs que passaram as semanas antes do lançamento de After tendo certeza que #Hessa (A hashtag do casal do filme, Hardin e Tessa) realmente se torne alguma coisa no Twitter.

E no meio do furacão aparece Langford para interpretar Tessa, nossa heroína e a pessoa que recebe a afeição de Hardin.”Quando eu fui escalada, Anna Todd e os produtores nos disseram que talvez fosse algo grande, por causa da fã base”, diz Langford à Refinery29. “Eu tive um ano para me preparar mentalmente para isso.” Ela já encontrou inebriados fãs pessoalmente; um até disse à Langford que ela era “mais Tessa do que Tessa”.

A atriz australiana nasceu e cresceu em Perth, mas desde que conseguiu um papel principal ao lado de Ryan Phillippe em Wish Upon (No Brasil 7 Desejos) em 2017, ela raramente está em um lugar por muito tempo.  No ano passado, ela diz que só esteve em casa por três dias, por isso decidiu se mudar para Los Angeles logo, apesar de dizer que Nova Iorque segue a mesma velocidade que ela.

Tem sido um ano intenso para a mulher de 20 anos, que viu sua irmã mais velha, a estrela de 13 Reasons Why (no Brasil Os 13 Porquês) Katherine Langford, virar uma estrela de um dia para o outro. Mas nada podia preparar a jovem Langford para a ferocidade com que os fãs de After se aproximaram dela na sessão de autógrafos em Madrid. “A multidão era insana. O carro estava balançando para frente e para trás; eles tiveram que montar uma barreira humana para chegarmos à livraria porque tinha tanta gente animada”, ela diz. 

Enquanto isso soa como um pesadelo claustrofóbico para a maioria das pessoas, Langford ri enquanto relata a experiência. “Foi engraçado. Eu não acho que algum de nós já tenha estado nessa situação antes.”

Langford parece curiosamente calma sobre tudo isso. Ela diz que não está preocupada que os fãs não gostem da versão dela de Tessa. “Eu não tentei, intencionalmente, trazer nada para ela ou mudá-la. Apenas retratei o que estava nos livros e estava confiante do que estava fazendo,” ela diz. A diretora Jenny Gage descreve Langford para mim como uma “feminista feroz” com um ponto fraco por piadas de pai. Era muito importante para a diretora que, como a atriz, Tessa se demonstrasse confiante e empoderada, e não o clichê de ‘boa menina’ (leia-se: ela é inteligente! Ela ama livros! Ela se veste conservadoramente, até em festas – que ela raramente vai! Ela não liga para meninos, eles que percebem sua presença!)

Na verdade, Tessa é a imagem de uma boa menina: ela usa um vestido antiquado relativamente antigo para sua primeira festa na faculdade – um evento que ela imediatamente tenta escapar. Na tela e no livro, Tessa é conhecida por sua inteligência (algo que sua mãe, interpretada por Selma Blair, não quer que ela desperdice); ela primeiro se aquece à Hardin quando encontra uma cópia desgastada de O Morro dos Ventos Uivantes em seu quarto. Mas Tessa também diz a Hardin quando ele está sendo insuportável; defende-se quando as coisas começam piorar em seu relacionamento posterior; e dita seus limites sexuais e quando ela está pronta para empurrá-los.

Esse último elemento, diz Langford, é o motivo pelo qual ela queria fazer o After. “Há algo sobre o despertar sexual das meninas e contar suas histórias pela primeira vez, que não têm espaço na mídia”, explica ela. Ainda não é um tema popular no cinema. Langford vê suas cenas de sexo com o pragmatismo. “No começo, nunca tendo feito aquelas cenas antes, eu estava pensando ‘será estranho?’” Mas não foi. “É tudo muito técnico e coreografado, então isso não foi um problema para mim. Eu estava surpreendentemente incrivelmente confortável fazendo isso”.

Isso mudou quando os paparazzis chegaram durante uma cena particular vulnerável que foi gravada ao ar livre, no lago, no qual Hardin toca Tessa pela primeira vez, mas fica aquém de qualquer coisa abaixo da cintura. “Temos tempo”, ele sussurra quando está claro que Tessa atingiu seu limite. É uma cena íntima e altamente erótica – não uma que seria melhorada pela presença de homens suados e distraídos com lentes de alta definição. “Você só tem que fazer”, diz Langford. “Mas obviamente, não foi 100% ideal”.

Realizar essa cena com os espreitadores é uma façanha, especialmente porque Langford é ferozmente discreta. “É importante ter privacidade e ter uma vida pessoal. Estou tentando ter limites”, diz ela. “Eu quero ser eu mesma e ser honesta, mas não preciso me sentir cem por cento desconfortável e exposta e contar ao mundo cada detalhe da minha vida.”

A atriz tem um Instagram público, com a marca azul e tudo, mas ela geralmente passa meses sem postar nada e diz que prefere comer sua comida do que postar fotos. “Meu cérebro tem tantas qualidades que não funcionam com mídias sociais. Eu penso demais, eu sou excessivamente privada, e esses dois traços de personalidade simplesmente não funcionam quando se trata do Instagram”, diz ela com uma risada. Outra preocupação importante: ela evita inspirar quaisquer narrativas indesejadas (e potencialmente falsas) sobre sua vida pessoal. Dedique alguns minutos para ler os (milhares de milhares) de comentários nas fotos do Instagram de Langford, e você encontrará fãs de todos os tipos de suposições pessoais.

“Ninguém que eu conheço [na vida real]já me perguntou por que eu sigo essa pessoa ou porque eu não a sigo, porque todo mundo sabe que não tem absolutamente nenhuma correlação com as pessoas que são importantes na minha vida”, diz ela. “Eu nem mesmo verifico meu feed [Instagram]. Não tem sentido, é o que estou tentando dizer.”

Quando as discussões dos fãs sobre o relacionamento de Langford com sua irmã Katherine aparecem, seu tom animado oscila um pouco, e o volume de sua voz diminui. “Eu não entendo a internet às vezes. Eu acho que os rumores são loucos”. Os rumores que ela está se referindo são de uma “briga” entre as irmãs Langford, que começaram a circular quando Katherine fez em maio de 2018 uma entrevista com a revista francesa L’Officiel, no qual ela falou que ninguém da família estava na indústria do entretenimento. A partir daí, fãs e fofoqueiros encontraram “evidências” no fato de que nenhuma das duas irmãs se seguem nas mídias sociais, e que elas não falam uma sobre a outra em entrevistas. Até mesmo o menor comentário sobre Katherine pode se tornar uma manchete inteira para Langford.

“Meu amigo me enviou um vídeo para o outro dia, e nós estávamos rindo disso, porque alguém tinha pego como uma coisinha que fiz em uma entrevista, percebeu que eu fiz a mesma coisa em vários videos e fez uma compilação”, Diz ela, possivelmente referindo-se a este clipe do YouTube em que o fã disseca e interpreta as palavras de Langford sobre Katherine em entrevistas. “Eu acho que quando você tem um conteúdo limitado de alguém, e eu definitivamente não estou ajudando, você apenas pega algumas partes do que você sabe sobre uma pessoa, e você a extrapola.”

Langford não vai contar a história da família, mas ela não fala sobre sua irmã com acrimônia velada. Ela brinca que, com a fama crescente, elas poderiam ser como Elle e Dakota Fanning, e que se as estrelas se alinharem para fazerem o mesmo projeto, ela estaria 100% a bordo. Ela especifica, no entanto, que sua carreira de atriz desenvolveu-se independentemente da de Katherine.

“Nós dois agimos por conta própria, completamente separadas, sem nada a ver com o outro. Nós dois crescemos nesta família, com pais que não eram particularmente criativos, e ambas estavam interessadas ​​em coisas criativas”.

Langford fez sua primeira atuação aos 14 anos, mas até sua grande chance no filme de terror de 2017 Wish Upon, (no Brasil 7 Desejos), ela não tinha agendado muitos shows que considerou significativos. “Eu estava em uma peça chamada Hood; Eu era um extra na Paixão de Cristo; Eu fiz vídeos corporativos, comerciais, pequenos curtas universitários. Apenas qualquer coisa que eu pudesse fazer parte”.

Agora sua carreira provavelmente vai passar por uma grande mudança. Se After tiver sucesso, Langford provavelmente terá pelo menos mais quatro filmes do que com as sequências Depois da VerdadeDepois do DesencontroDepois da Esperança e Before. De fato, uma representante do studio confirmou para Refinery29 que o estúdio já está em discussões com os diretores sobre as sequências. Imediatamente após essa tour de After, Langford diz que vai voltar à fazer audições – com algumas possibilidades no horizonte.

“Estou apenas tomando coisas dia a dia. Eu realmente não sei qual será a resposta ou a reação. É muito possível que o filme saia e eu volte ao anonimato”, diz ela. Se tudo correr bem, no entanto, Langford está com fome para desempenhar todos os papéis que conseguir, seja ficção científica, ação, comédia obscura (ela é uma grande fã de Ricky Gervais) ou outro romance. Se ela tivesse que escolher seu papel de sonho final, porém, seria algo sinistro. “Seria divertido interpretar um vilão tridimensional muito bom e complicado. Existem apenas alguns vilões, na minha opinião, na história do cinema que são realmente muito especiais; fazer um bom vilão é difícil”, diz ela. “Eu sou incrivelmente cínica e não acho que seja algo que as pessoas possam adivinhar. As pessoas acham que sou toda positiva, mas sou cética”.

Independente das mídias socials – ou que meu amigo poste uma foto minha, 100 pessoas repostem e saibamm exatamente onde estou – o trabalho não mudou minha rotina em nenhum modo,” ela diz, pausando como se tivesse uma lista em sua cabeça. “Eu nunca fui reconhecida…isso não afetará minha ida ao supermercado ou qualquer coisa.”

Mas esses limites podem desaparecer, e rápido. Se a precoce resposta em relação à After é uma indicação, Langford está na extremidade – mas ela, de novo, não parece estar preocupada. Em algum momento durante a nossa ligação, Langford voltou silenciosamente para o quarto, não mais tendo que andar descalça pelo hotel.”Eu não me preocupo com coisas maiores”, diz ela. “Deveria ser o contrário, mas não é.”

Tradução: Josephine Langford Brasil

“Pia Mia fala sobre encontrar a si mesma como artista independente. Música nova, Bitter Love: “Sinto como se fosse meu coração e alma””

A vida, até agora, tem se saído como um conto de fadas para Pia Mia.

Os primeiros meses de 2019, apenas, tem sido nada mais do que mágicos para a cantora de 22 anos. Pia esteve ocupada refazendo todo o lançamento de suas músicas e se preparando para a estreia no cinema, no filme After. Seu recente single, Bitter Love, também serve como tema do filme, adaptação da série de romance extremamente popular de Anna Todd.

Pia diz que a fusão de ambos os projetos parece surreal. “Cresci vendo Whitney Houston com a sua música em O Guarda-Costas, e então Lady Gaga com Shallow em Nasce Uma Estrela — agora temos Bitter Love para acompanhar After“, ela conta a Billboard através do telefone. “Me deixa muito animada. Eu queria lançar essa música há muito tempo e este filme pareceu a melhor maneira de fazer isso.”

Pia produziu Bitter Love com o produtor Rykeyz (Little Mix, Keysha Cole) e o compositor Ilsey Juber (Rita ORa, Britney Spears). Com seus vocais potentes, Pia explora as dores de uma relação complicada porém intensamente viciante acompanhada de uma melodia cintilante no piano. De acordo com Pia, que foi solicitada pelos produtores de After a enviar canções para a trilha sonora, a autora Anna Todd imediatamente se conectou com as letras de Bitter Love, o que pareceu perfeitamente ecoar a narrativa dramática do romance.

“Anna ficou tipo, ‘Isso é Tessa e Hardin. Essa música é perfeita para o filme. É exatamente a história deles’“, Pia lembra de Anna Todd falando sobre a conexão da música com a história do casal de After (interpretado por Josephine Langford e Hero Fiennes-Tiffin). Pia — quem interpreta Tristan, a namorada da colega de quarto de Tessa, Steph (Khadijha Red Thunder), no filme — completa, “Quando os fãs de After ouvirem [a música], eles ficarão tipo ‘Caramba. É isso.’ É como se a música tivesse sido composta especificamente para Tessa e Hardin.”

Bitter Love — que vai reverberar pelos cinemas durante a cena final e os créditos de After — é o primeiro lançamento de Pia desde Dezembro de 2017, quando ela soltou The Gift 2, a sequência de seu EP de 2013, The Gift. “Meus fãs têm sido tão pacientes, esperando por música nova”, diz.

“Eu mal posso esperar para eles ouvirem Bitter Love e verem o quanto eu cresci. Como artista, fazendo músicas como esta — algo que realmente sinto no meu coração e alma — sempre foi o meu sonho.”

Como fazer o seu primeiro filme se compara com fazer música?

Foi muito diferente, porque tudo o que você vê na música sou eu. E então, claro, quando se está fazendo um filme incrível, você está contando a história de outra pessoa — o que eu amo. Anna Todd é incrível e trazer os seus livros e visão à vida foi muito legal. Nós a tivemos no set e ver como ela se sentiu a respeito dos personagens e levá-los à um nível mais profundo foi muito bom e pareceu especial.

Sua personagem, Tristan, originalmente era um homem nos livros, mas foi reimaginado para o filme como uma mulher, uma que está em um relacionamento do mesmo sexo. O que significou pra você interpretar um personagem LGBTQ+ nas telas? Houve alguma pressão para você acertar já que você tem uma fanbase muito forte entre os gays?

Definitivamente. Eu estava muito animada para ser a voz da comunidade gay porque eu a conheço e aprecio muito que a comunidade LGBTQ+ seja parte da minha fanbase. Mas, para ser honesta, quando eu estava interpretando a Tristan e eles me disseram que ela seria lésbica, eu não olhei para isso, tipo, Ah, eu tenho que a interpretar de certa forma porque ela é lésbica. Eu acho que amor é amor e não importa se você é um garoto ou uma garota, ou o qualquer que seja o caso. Amor é apenas tudo, então você não tem que interpretar um certo tipo de estereótipo, se faz sentido. Amor não tem estereótipos.

Bitter Love é o seu primeiro lançamento como uma artista independente depois de deixar a Interscope. Qual é a parte mais excitante em ser sua própria chefe?

Eu realmente acredito que todo mundo na gravadora tinha boas intenções, mas as coisas podem acabar em segundo plano quando envolvem muitas opiniões. Do It Again é uma música que eu fiz quando havia acabado de assinar com a Interscope. Eu já tinha a música, já tinha as parcerias. Tudo já havia sido feito antes que eu tivesse sido contratada. Então, quando fui para a Interscope, foi uma briga para conseguir que a música fosse lançada e então finalmente foi. Aquela foi a única música que foi a minha escolha e então as músicas que foram lançadas enquanto eu estava na gravadora foram sugeridas por pessoas importantes lá dentro. Do It Again era meu coração. Então, agora independente, eu posso lançar quantas músicas eu quiser. Eu fiz tantas canções sozinha durante todo esse tempo. Se você der uma olhada no meu Dropbox e ouvir tudo o que tem lá, você vai pensar que é loucura eu não ter lançado um projeto antes. Eu apenas me sinto tão livre agora e finalmente parece que um peso saiu das minhas costas.

Você alguma vez teve dúvidas quando a decisão de se tornar independente?

As pessoas podem pensar que sou louca por sair de um contrato incrível com uma gravadora. Mas eu nunca hesitei porque não havia razão para continuar, se a música que estava sendo lançada não era a minha alma e não estava conectada com a minha vida, porque eu sou a pessoa que tem que subir no palco e cantá-las. Eu amo performar. Eu tenho que falar sobre isso e é errado falar sobre algo do qual eu não me conecto. Então, eu sabia que não era justo com os meus fãs, que me apoiam tanto e acreditam em mim. Eu falo com eles em um nível tão pessoal através das redes sociais, então porque a música deveria ser diferente?

Você vê as músicas que fez enquanto estava na Interscope de forma diferente agora?

Me disseram tantas vezes que eu tenho que ser Urban, ou mais legal, ou mais pop, ou mais algo entre os dois. E eu fico tipo, Gente, para. Me deixem criar, e será o que terá de ser e tudo bem. Mas ainda sou muito grata a toda as oportunidades e aprendi muito com toda a experiência em cada música. Quando olho para trás, para aquele trabalho, é um sentimento bom, porque eu pude aprender tanto em uma idade tão jovem. Olha, eu estou feliz que pude ser criativa. É tudo uma experiência de aprendizado e está tudo bem.

Existem projetos guardados prontos para serem lançados, ou você está começando tudo do zero?

Eu tive muitos álbuns prontos [durante o meu tempo na Interscope. Eu tenho tantas listas e projetos diferentes, discos diferentes. Eu poderia lançar 10 projetos musicais diferentes com todas as músicas que tenho. Eu tenho muito material pronto para ser lançado e que irei lançar. Depois de Bitter Love, provavelmente lançarei outro single e então, talvez um EP. Quero sair em turnê, quero fazer mais clipes, mas a minha parte favorita em fazer tudo isso são os shows porque eu posso ficar frente-a-frente com meus fãs.

Quais são os seus planos atuais para um álbum completo? Isso é algo importante para você, mesmo agora, numa era em que a indústria é movida por singles?

Eu quero que isso aconteça o mais rápido possível. E sim, é importante para mim porque é o que preciso para pegar a estrada e sair em turnê e estar pessoalmente com os meus fãs, deixá-los me verem e me tocarem — para mim, estar com eles e abraçá-los e conversar com eles. Quero lançar um disco em algum momento, claro.

Qual é o maior desafio em ser uma artista independente?

O fato de que sai tudo da minha conta. Estar em playlists, é algo baseado nas pessoas genuinamente gostarem de sua música e de seus fãs carregarem isso e impulsionarem para frente. Eu não tenho uma gravadora para secretamente me custear. Eu não tenho investidores. É tudo apenas eu mesma, então agora, quando lanço uma música ou um projeto, eu realmente espero que os fãs, a mídia e os serviços de streaming apoiem e reconheçam que eu sou mesmo uma artista independente e eu estou fazendo isso sozinha. Mas música boa é música boa e acho que isso fala por si mesmo.

Como você descreve o seu processo criativo?

Não gosto de esperar. Não gosto de ser devagar. Me dá muita ansiedade. Eu quero fazer, quero colocar pra fora. Às vezes entramos em estúdio e compomos uma música em 10 minutos, mas às vezes demora 1 hora. Mas digamos que a música já está escrita. Então eu entro em estúdio e cortamos para 1 hora e meia — todas as vozes, batidas, harmonias, efeitos, tudo é feito muito rápido.

Quais artistas inspiram você neste momento?

Estou ouvindo muitas coisas. Amo Khalid. Acho ele incrível; amo suas melodias. São demais. Claro, Ariana Grande. Eu sempre amo Ari. Eu adoraria colaborar com ela. Estou tão apaixonada por sua voz e tão feliz que ela é outra artista aí fora que tem muito talento vocal. Acho foda, também, ver ela crescer como artista. É maravilhoso.

Descreva sua evolução como artista — como a Pia de 22 se compara com a Pia de 18?

Pergunta profunda. [Risos.] Eu me sinto mais segura com o que eu quero. Você não pode me enrolar mais. Eu sei como minha voz é, e sei o que eu quero falar. Eu quero ser ouvida. Então agora, é algo que irei fazer. Eu falarei sobre o que é real pra mim. Acho que sempre fui assim — mesmo quando comecei com Hold On, Were Going Home, Red Love e Do It Again. Mas então, sinto que quando estava em uma gravadora, eu me sentia perdida e desconectada de mim mesma.

E finalmente você encontrou a si mesma?

Sim, definitivamente. Agora estou de volta.




Nome: After Brasil / Anna Todd Brasil
Online desde: 19 de Junho de 2014
URL: afterbr.com / annatodd.com.br
Webmaster: Douglas Vasquez
Contato: contato@afterbr.com
Versão: 4.0

O After Brasil é a maior fonte sobre a série no Brasil e no mundo; oficializado por Anna Todd e as editoras e distribuidoras parceiras. Todo o conteúdo do site (fotos, notícias, vídeos e etc) pertencem ao site a não ser que seja informado o contrário. Este site foi criado por fãs e para os fãs e não possui nenhum tipo de fins lucrativos.
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AFTER
Status: Disponível
Direção: Jenny Gage
Roteiro: Susan McMartin

AFTER: Depois da Verdade
Status: Pós-produção
Direção: Roger Kumble
Roteiro: Anna Todd

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