Ignorado pela crítica, mal comercializado e lançado em apenas 47 cinemas, o romance jovem adulto ofuscou “X-Men” nas bilheterias do Reino Unido e chegou a ficar bem próximo de “Tenet”. Qual é o seu segredo?
O seu sucesso foi chamado como “extraordinário” – até porque ninguém o previu. O romance “After We Collided” quase não tem orçamento para o marketing e nenhuma crítica – já arrecadou mais de £1 milhão em apenas duas semanas no Reino Unido. Algumas semanas atrás, nem estava na lista para ser lançado nos cinemas. Enquanto as bilheterias sofrem com a pandemia, a indústria aproveitou para tomar nota desse sucesso popular [After]. “Completamente sem precedentes”, diz Delphine Lievens, analista sênior de bilheteria da Gower Street. “Fazer isso sem marketing é um resultado realmente impressionante.”
“After We Collided” é a sequência de “After”, que foi lançado ano passado; ambos são adaptações da série de romances “novos adultos” da autora americana Anna Todd. Eles seguem os altos e baixos do relacionamento dos estudantes universitários Tessa (interpretada por Josephine Langford) e Hardin (Hero Fiennes-Tiffin, sobrinho dos atores Joseph e Ralph Fiennes). Tessa é uma jovem obstinada e estudiosa que o filme insiste ser paralelo com Elizabeth Bennet. Hardin, por sua vez, é um badboy britânico cuja inadequação eminente é sinalizada por suas várias camisas dos Ramones. Naturalmente, “Hessa” não consegue ficar longe um do outro, mesmo que seus pais, rivais e as circunstâncias da vida conspirem para mantê-los separados.
Os direitos do filme foram adquiridos em 2014 pela Paramount, e o primeiro filme, “After”, foi lançado em 2019, com resultados modestos: uma bilheteria mundial de US$70 milhões, dos quais 12 milhões vieram dos Estados Unidos. O filme não conseguiu um lançamento nos cinemas no Reino Unido e foi direto para a Netflix (a plataforma recusa em compartilhar dados do público então não sabemos como foi o desempenho). Poderia se presumir que “After We Collided” seguiria o mesmo caminho, mas os produtores do filme, Voltage Pictures, fecharam um acordo para distribuição independente no Reino Unido e Irlanda com uma empresa obscura chamada Shear Entertainment. Shear garantiu uma semana de exibição em 47 locais – nenhum deles no centro de Londres. Mesmo com o lançamento limitado no dia 2 de setembro, o filme entrou nas bilheterias no terceiro lugar, e um total de £175 mil na estreia no primeiro fim de semana. Outros cinemas entraram no barco e “After We Collided” expandiu sua exibição para 378 locais (mais da metade de todos os abertos no Reino Unido) em sua segunda semana – e foram recompensados por um aumento de 151% no fim de semana de abertura. A bilheteria do filme no Reino Unido arrecadou mais de £1,1 milhão até o momento.
Tudo isso aconteceu lidando com uma mínima atenção crítica – e o pouco que existiu foi quase uniformemente negativo, com comparações nada lisonjeiras com “Cinquenta Tons de Cinza” e “Crepúsculo”. Um crítico chegou a dizer: “os atores podem ser confundidos com os mortos-vivos.”
Mas a sobreposição entre os críticos profissionais e o público-alvo de adolescentes é praticamente inexistente, e como os livros de Todd têm um grande público mundial, as críticas têm pouca relevância. Os fãs dizem que se relacionam com os personagens e encontram paralelos com suas próprias vidas. “Não é para as pessoas desejarem esse relacionamento, pois às vezes pode ser muito tóxico, mas sim que possamos aprender com ele”, explica um fã. Muitos apreciam o tratamento inflexível do conteúdo mais profundo, que inclui sexo, drogas, relacionamentos familiares conturbados e traumas.
O romance de Hessa – sem mencionar a comunidade online ao seu redor – tem ajudado os fãs em seus próprios momentos difíceis. “É uma espécie de fuga da realidade”, diz outro fã. Jo e Hero, como os atores principais são conhecidos, são aclamados por muitos devido a sua química na tela. Langford e Fiennes-Tiffin podem não ter o mesmo cachê que Kristen Stewart e Robert Pattinson tiveram como resultado de “Crepúsculo”, mas eles alcançam milhões de seguidores no Instagram. A fragmentação do cenário midiático significa que “After” emergiu entre as lacunas inegáveis e indetectáveis.
“A mídia tradicional certamente subestimou o alcance e o impacto desta série”, diz Ben Dalton, repórter da Screen International. Assim como a trilogia dos “Cinquenta Tons” de E. L. James foi inspirada em “Crepúsculo”, “After” começou como fanfiction para a boyband One Direction. Em 2013, Todd, então com 23 anos, começou a escrever sobre um romance universitário imaginado com Harry Styles no Wattpad, uma plataforma para publicar histórias. Por quase um ano, ela postava pequenos capítulos todos os dias através de seu iPhone.
Impulsionado, em parte, pelos colegas directioners de Todd, “After” tornou-se uma sensação viral no Wattpad, conquistando 1 milhão de leitores antes mesmo de ela terminar de escrever. Aron Levitz, chefe do departamento de entretenimento no Wattpad, diz que os fãs se reuniam online antes de cada publicação: “Se houvesse um minuto de atraso, você veria as redes sociais explodindo com as pessoas pergutando: ‘Anna, por que não foi postado ainda?'”
Esse diálogo entre escritor e leitor formou a base para a comunidade, agora impulsionando seu sucesso comercial. “Foi isso que o tornou um sucesso: o amor deles pela história”, diz Levitz. As histórias originais de Todd continuam a figurar entre as mais lidas do Wattpad a cada ano, tendo agora acumulado mais de 1,5 bilhão de leituras.
O trabalho de Todd é o projeto pelo qual os filmes são julgados. Enquanto algumas liberdades foram tomadas da trama na adaptação de “After”, Roger Kumble, diretor de “Segundas Intenções” e quem assumiu “After We Collided” foi elogiado por ter feito uma adaptação muito fiel ao livro. “Ele realmente nos deu o casal Hessa dos livros que queríamos”, diz um fã. “O filme era tudo o que os fãs esperavam”, contou outro. (Os próximos filmes, “After We Fell” e “After Ever Happy”, foram confirmados para estar em produção.)
Mesmo agora que ela tem apoio da indústria, Todd se autodenomina uma “fã que virou autora” e dá os créditos de seu sucesso como uma conquista de seus leitores tanto quanto o dela próprio. Eles repagam-na com carinho, falando de “Anna” como amiga e defendendo seu trabalho nas redes sociais (para onde vai a maior parte do orçamento de marketing dos filmes).
Sua comunidade até tem um nome: afternators – e eles são “tão leais e raivosos quanto qualquer fandom por aí”, diz Levitz. Como um dos membro disse: “Quando trabalhamos juntos, nós conseguimos.”
O presidente da Voltage, Jonathan Deckter, creditou “o poder de uma campanha social estratégica que falou diretamente com o público-alvo do nosso filme no fórum que eles preferem. O marketing de lançamento tradicional sempre terá seu lugar, mas no que diz respeito aos Afternators, eles vivem e respiram nas redes sociais.”
Na adaptação de “After”, Wattpad consultou os leitores, disse Levitz. “Isso não foi feito como a maioria das produções são feitas, com portas fechadas… Era preciso mantê-los envolvidos, algo que eu acho que as indústrias tradicionais não estão acostumadas.” Mais tipicamente, diz ele, o público é tratado como a “mercadoria no final de uma linha de produção” que culmina com “esse momento de estouro, no tapete vermelho: “Espero que eles gostem!”. Mas não precisamos mais ter esperança – sabíamos que ‘After’ seria um sucesso.”
A lição por trás do sucesso de “After We Collided”, diz Lievens, é que “nenhum distribuidor no Reino Unido havia identificado que havia uma audiência para este filme”. A distribuição independente é geralmente um recurso final para filmes considerados específicos demais para o público tradicional; e se a Voltage não tivesse optado por um lançamento teatral, os cinemas teriam perdido uma injeção de dinheiro de quase £ 1 milhão – de em sua maioria mulheres jovens, presume-se.
Em contraste, a indústria tinha depositado suas esperanças no blockbuster “Tenet”, de Christopher Nolan, que apesar de meia década de espera, lucrou um pouco mais do que “After We Collided” – a média de estreia por tela foi de £4.366, em comparação com £5.358 de “Tenet”- que foi exibido em apenas 1/10 dos cinemas. Ainda mais impressionante, “After We Collided” também ultrapassou o spin-off dos X-Men, “The New Mutants”, em sua segunda semana.
No Wattpad, Levitz acredita que há um cansaço com as velhas formas de entretenimento e é hora dos cinéfilos serem promovidos a acionistas. “Em um mundo onde mais dinheiro está sendo gasto em conteúdo como nunca, o público fará a diferença – mas a indústria nem sempre está acostumada a ouvir o público.”
Artigo: Elle Hunt para o The Guardian.
Tradução e Adaptação: Equipe After Brasil.
Dando sequência ao forte lançamento nas bilheterias internacionais durante o final de semana passado, “After We Collided”, da Voltage Pictures, conquistou mais uma semana calorosa. Em 21 mercados, a sequência de “After” (2019), que lucrou US$ 70 milhões ao redor do mundo no ano passado, conquistou mais US$ 4.2 milhões neste final de semana, atingindo um lucro total de US$ 21 milhões, até o momento. O filme ainda será lançado em outros países ao longo do mês de setembro, enquanto a Open Road fará o lançamento nos Estados Unidos em 23 de Outubro. Mais duas sequências foram anunciadas na semana passada.
Internacionalmente, o Reino Unido surpreende. Após ter estreado em apenas 59 telonas pela Shear Entertainment, os cinemas expandiram seus números para 380. O final de semana atual teve um salto de 18%, acumulando um total de US$ 947 mil. O primeiro filme não foi lançado no mercado de lá, sendo vendido para a Netflix, mas um movimento online feito pelos fãs demonstrou grande interesse deles em quererem assistir o filme nos cinemas.
O presidente e chefe de operações da Voltage, Jonathan Deckter, disse: “Nosso sucesso no Reino Unido é uma prova do poder de uma estratégica campanha nas redes sociais que falou diretamente com o público-alvo do filme no fórum de sua preferência. O marketing de lançamento tradicional sempre terá o seu lugar, mas no que diz respeito aos Afternators, eles vivem e respiram nas redes sociais.”
Na Alemanha, via Constantin, o filme emplacou US$ 5.24 milhões, ultrapassando o primeiro “After” em 10%. Em seguida vem a Itália (via Leone), onde “After We Collided” estreou em primeiro lugar no final de semana passado e arrecadou US$ 4.24 milhões.
Roger Kumble é o diretor responsável pela sequência da história de Tessa e Hardin (Josephine Langford e Hero Fiennes-Tiffin), baseada nos livros de Anna Todd, que foram originados de uma fanfic publicada no Wattpad. Todd tem uma base de fãs muito engajada online e que a ajuda impulsionando a hashtag #aftermovie nas redes sociais. Dylan Sprouse entrou para o elenco do segundo filme, que foi escrito por Anna e Mario Celaya.
Na Espanha, “After We Collided” superou “After” em 10 dias, com um total de US$ 3 milhões. A Áustria também ultrapassou o primeiro filme com a sua sequência, enquanto a Noruega teve um lançamento 156% maior do que o original. A Hungria mais do que dobrou os seus números em relação ao primeiro filme neste mesmo período de lançamento.
Em um mundo onde as restrições estão com tudo durante a pandemia do COVID, os desempenhos são impressionantes. Deckter explicou que o filme estava previsto para ser lançado internacionalmente em abril/maio, mas foi adiado para 2 de Outubro, antes de mudarem de ideia quando “Mulher Maravilha 1984” estrearia na mesma data (o filme da heroína mudou de data). “Nós tivemos uma reunião com as distribuidoras europeias no final de junho, logo após Mulher Maravilha ter anunciado seu lançamento em outubro, e tínhamos uma grande decisão para tomar: adiar ou seguir em frente. Todas as distribuidoras viram um espaço livre no mercado e propuseram que lançássemos no início de setembro e concordamos. O padrão de lançamento deste filme sempre foi dar prioridade ao mercado internacional porque, com o primeiro filme, ele ultrapassou os números dos Estados Unidos em 400%.”
Os próximos dois filmes, “After We Fell” e “After Ever Happy”, vão entrar em produção. Castille Landon irá dirigi-los.
Os produtores de “After We Collided” são Jennifer Gibgot, Nicolas Chartier, Anna Todd, Aron Levitz, Mark Canton, Courtney Solomon e Brian Pitt. Deckter é o produtor executivo.
Matéria por Nancy Tartaglione para o Deadline.
Tradução e Adaptação por Marcelo Ramos para o AfterBrasil.
Se você tem o sobrenome Douglas, Coppola ou Fiennes, não pode deixar de fazer uma carreira no cinema. E Hero Fiennes Tiffin não basta que ele seja sobrinho de Ralph, o famoso Lord Voldemort, duas vezes indicado ao Oscar por papéis em A Lista de Schindler e O Paciente Inglês, e Joseph – o dramaturgo de Shakespeare Apaixonado, que agora estrela em The Handmaid’s Tale. Sua mãe – Martha – é uma renomada produtora, diretora e roteirista britânica, e seu pai, George Tiffin, é diretor. O garoto não poderia deixar de amarrar o futuro com o cinema.
Ele apareceu pela primeira vez nas telas em 2007 e, dois anos depois, aos nove anos de idade, ele atuou ao lado de seu tio Ralph no filme Harry Potter e o Enigma do Príncipe. Ele desempenhou o papel de Tom Riddle, que após crescer se tornou Lord Voldemort, o bruxo maligno mais poderoso da história. Mesmo tão jovem ele hipnotizou a platéia, o garoto parecia inescrutável, ambíguo, misterioso.
Hoje, o britânico de 22 anos interpreta o papel principal de Hardin Scott no drama After, baseado no best-seller de Anna Todd, 5 milhões de seguidores no Instagram e o status de um homem super estiloso. Há muitas evidências de sua paixão pela moda. Primeiro? Anna Wintour o convidou para o MET GALA. Mas para Hero, o momento mais importante em sua carreira de modelo, realizado simultaneamente com a atriz, foi entrar no plano da campanha da fragrância de Ferragamo. Segundo ele, atuar difere da modelagem, pois requer mais preparação, mas Hero se dedica a ambas as profissões com igual compromisso.
Ele sempre se interessou por moda. Sua primeira escolha consciente? Tênis.
– Na escola no achados e perdidos, encontrei quase novos air maxes. Me senti como a vontade – ele ri.
Hoje ele descreve seu estilo como universal, mas depende da ocasião.
– Casual, simples, nunca chato – explica Hero em uma entrevista exclusiva.
Nas fotos das revistas de moda, ele se assemelha ao jovem James Dean – em uma simples camiseta, jaqueta de couro, jeans. Na vida privada, ele aparece em estilos mal-humorados para lembrar as lendas da musica britânica – Mick Jagger ou os irmãos Gallagher do Oasis. E na campanha, Ferragamo está vestindo uma camiseta e moletom – visual todos os dias, mas individual. Estes também são os perfumes da grife italiana.
– Quando senti o cheiro, me senti pronto para qualquer coisa. O fato da fragrância ser tão equilibrada a torna universal – diz Hero.
Ferragamo combina toques cítricos e amadeirados de uma maneira original. Bergamota e limão contrastam com acordes florais e folha de violeta. O nobre perfume deixa um forte aroma na pele. Na campanha, Hero vai de um garoto e se torna um homem – consciente, mas não cheio de si, maduro, embora ainda jovem, aberto a outros, mas confia em sua intuição. O ator entende perfeitamente o que é a nova masculinidade.
– Significa para mim ser fiel a mim mesmo, independentemente dos estereótipos antiquados que ainda prevalecem na sociedade – ele diz com convicção.
Durante a pandemia, Fiennes Tiffin não perde o bem-estar.
– Agora é difícil para todos, mas se continuarmos juntos, podemos fazer isso! – ele diz. A carreira do ator não desacelerou. Dois filmes com sua participação aguardam a estreia – After We Collided, que é uma continuação de After e o thriller The Silencing. Em ambos, ele interpretará personagens que lembram o herói da campanha de Ferragamo – um pouco de menino rebelde que, independentemente das circunstâncias, permanecem individualistas.
O fundador e dono da Aviron Pictures, William Sadleir, está sendo processado por fraude e a distribuidora americana está implodindo por dentro, de acordo com o Deadline.
As pessoas próximas a adaptação do romance de Anna Todd, After, lançado pela Aviron nos EUA, estão chateados com a distribuidora por não ter cumprido as promessas de marketing dentro do país, resultando em uma bilheteria doméstica de U$12 milhões, mesmo tendo arrecadado cerca de $57,4 milhões internacionalmente.
A After Productions processou a Aviron alegando que a distribuidora falhou na divulgação do filme nos EUA, mesmo após as distribuidoras internacionais o terem feito funcionar. A companhia alegou também que não foram pagos pelo valor mínimo de $3,15 milhões que havia sido garantido.”
No processo, obtido pelo Deadline, Sadleir supostamente admitiu em uma ligação telefônica que “ele fodeu tudo”, e que também reutilizou “páginas assinadas de outros acordos em um processo claramente fraudulento”.
Matéria por Anthony D’Alessandro para o Deadline. Tradução e adaptação por Douglas Vasquez para o After Brasil.
Numa tarde de março deste ano, fui à Feltrinelli localizada na Rua Appia em Roma e percebi que a livraria estava cheia de meninas. Tinha um silêncio estranho, o ar vibrando com antecipação. Tentei entender o que estava acontecendo na parte de trás, em direção à área elevada, onde as apresentações geralmente são realizadas. Havia uma mesa coberta com um pano vermelho e nas laterais dois cartões com letras brancas em caligrafia cursiva. A um certo ponto, na parte de trás da livraria, um garoto alto é exposto. Ele usava uma gola alta preta, uma jaqueta de couro e andava fluidamente, quase escorregando na onda de aplausos e gritos que o cumprimentavam. Era Hero Fiennes Tiffin, estrela inglesa de 21 anos de After, em uma turnê promocional para o primeiro filme adaptado da série de livros da americana Anna Todd, que nasceu no Wattpad como fanfiction dedicada a Harry Styles.
Em After, Fiennes Tiffin empresta seus belos modos ingleses – olhos claros, sobrancelhas espessas, nariz reto e boca grande, ao personagem enigmático de um garoto que seduz uma garota ingênua, a lê Emily Bronte, permite que ela descubra sexo e depois se apaixona. O esquema é o mesmo que Crepúsculo e Cinquenta tons de cinza, mas Fiennes Tiffin tem uma naturalidade reticente que o torna único. Em uma entrevista no youtube junto com a atriz Josephine Langford, ela cita sua carreira de modelo: “Você desfilou para a Dolce & Gabbana em Milão” diz ela. Ele responde: “Certo, então eu me virei e voltei.”
Pode parecer normal para ele, porque ele cresceu em uma família de artistas. A mãe é a diretora Martha Fiennes, os tios são os atores Ralph e Joseph Fiennes; Aos 11 anos, Fiennes Tiffin teve o primeiro papel no cinema em “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”, no papel do jovem Tom Riddle e do futuro Lord Voldemort (interpretado por Ralph Fiennes, mas Hero teve que passar por uma audição com outros milhares de jovens atores). Nas cenas em que ele aparece, ele tem uma expressão fria que é realmente assustadora. Sua página da Instagram, que hoje possui 3,4 milhões de seguidores, mostra uma imagem completamente diferente: Fiennes Tiffin parece um garoto de 21 anos, como muitos outros que vão a festas e escutam trap. Ele anda com amigos em camisetas e bonés de beisebol, participa de campanhas publicitárias e capas de revistas (isso não é para todos, mas ele trabalha para a agência Storm Models), fotografa seu cachorro, um pitbull de aparência inofensiva chamado Diesel, entre os lençóis da sua cama. Publica uma foto de sua mãe e deseja-lhe um feliz aniversário. Em alguns vídeos enviados pelos fãs, ele é calmo e paciente, ele posa para as fotos, agradece, os abraça e depois sai.
Antes de After, Fiennes Tiffin havia participado de séries como The Tunnel, o remake de The Bridge francês, e Safe – mas também houve testes sem sucesso, como para Stranger Things. Agora todo mundo o quer. Em 2020, aparecerá no segundo filme de After, e depois no thriller The Silecing, ao lado de Nikolaj Coster-Waldau e Annabelle Wallis.
Ele nunca revelou nada sobre sua vida privada e sentimental. Como uma celebridade contemporânea, ele gerencia – provavelmente com a ajuda de agentes – a página no Instagram como uma parede espelhada que deslumbra e impede de ver o que acontece por trás. Mas nós realmente queremos saber? […] Podemos continuar sonhando que ele é como queremos. Talvez nesse período ele só tenha dormido na companhia de Diesel; Segundo ele, ele tem tempo apenas para a família, amigos, a profissão de ator e modelo. Se houver mais alguma coisa, no momento, ele guarda para ele mesmo.