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Matéria publicada por: Marcelo Ramos

A autora best-seller Anna Todd lançou uma nova versão da sua série de sucesso “After” ao adaptar o seu primeiro livro para a versão em quadrinhos. Antes de decidir se aventurar no mundo das graphic novels, Anna Todd estreou no mundo do romance quando escreveu o primeiro livro da série “After”. Originalmente publicada no Wattpad, em 2013, como uma fanfic inspirada em Harry Styles, da One Direction, “After” se tornou um fenômeno online alcançando mais de 2 bilhões de leituras. Essa sensação da noite-para-o-dia rapidamente resultou em um sucesso mundial uma vez que “After” foi relançado como um romance best-seller da New York Times, com 3 continuações. Após tal sucesso, veio a Netflix para adaptar a série de livros em filmes. Agora, Anna Todd está para relançar a história em um novo formato, mais uma vez. “After” está ganhando forma como uma história em quadrinhos.

Lançada em parceria entre o Wattpad e Frayed Books, a editora de Anna Todd, o primeiro livro da série de quadrinhos, “After: The Graphic Novel – Volume One”, escrito por Anna Todd com ilustração de Pablo Andrés, foi lançado oficialmente em 3 de maio de 2022. O Screen Rant teve o prazer de sentar com Anna Todd para conversar sobre o processo de adaptar seu livro em uma HQ e qual o futuro da série “After”.

O que inspirou a decisão de adaptar “After” em uma HQ? E por que uma história em quadrinhos?

Anna Todd: A ideia original veio da minha editora francesa. O dono da empresa Hugo [Hugues Robert de Saint-Vincent] veio até a mim. Ele sempre está pensando no futuro. [Ele] veio até a mim alguns anos atrás e fiquei um pouco insegura no primeiro momento porque eu pensava “Será que estou gastando tempo demais no mundo de After? Será que as pessoas realmente querem isso?” Eu não tinha visto muitas adaptações de romances para o formato de histórias em quadrinhos naquela época, especificamente. Isso foi antes de Lore Olympus e todas as outras obras de sucesso, então eu estava um pouco incerta, mas quanto mais exemplos ele enviava e falava sobre, eu comecei a pensar que poderia ser muito divertido. E estou feliz que decidimos adaptar para esse novo formato, tem sido uma experiência incrível.

Antes de trabalhar neste projeto, você já havia lido alguma HQ antes? Você é fã desse tipo de história?

Para ser bem sincera, eu sou mais fã de Webtoons (histórias em quadrinhos publicadas online). Eu leio vários delas. Não lia muitas histórias em quadrinhos antes. Lore Olympus eu terminei de ler recentemente no ano passado. Na verdade, eu li a versão Webtoon primeiro, mas quando ela foi publicada neste ano – ou ano passado, uau, como o tempo passou rápido [risos] – eu devorei a história, ela é muito boa, tão original! Mas honestamente, eu sou mais uma pessoa do Webtoon do que história em quadrinhos (livro físico).

Falando sobre histórias em quadrinhos, tem uma parte extra na HQ de After em que você fala, brevemente, sobre os desafios ao adaptar o seu romance em uma HQ. Você pode falar mais sobre isso? Especificamente sobre adaptar um livro com mais de 500 páginas para um formato mais curto.

Definitivamente foi um processo bem detalhado e eu não fazia muita ideia de como seria isso no começo, especialmente porque o texto original veio da França. Então nós traduzimos e revisamos os arquivos porque algumas coisas funcionavam no texto em francês, mas em inglês não dava certo. E quanto mais pessoas entravam no projeto, mais envolvida eu ficava. Por fim, acabei reescrevendo, praticamente, o texto inteiro e foi divertido, mas definitivamente desafiador porque existem muitos diálogos internos com os personagens, especialmente no primeiro livro de After que é apenas no ponto de vista da Tessa. Em um primeiro momento, foi um desafio porque, como vocês podem notar pelo tamanho dos meus livros, eu escrevo bastante [risos] então às vezes eu sentia que precisava colocar mais palavras em algumas páginas. Mas quando as ilustrações e os textos se juntaram como um todo, tudo fez sentido, porém tivemos que cortar algumas coisas e espero que as emoções da história continuem as mesmas. Esse é o maior atrativo dos livros, de acordo com os leitores. Então eu quis ter a certeza de que elas ainda estivessem lá, mesmo que só tenham 100 palavras por página.

Estou feliz que você tenha mencionado isso, que você teve que se “segurar” um pouco, porque eu notei que a HQ de After termina em uma parte muito cedo da história do que no livro original. Terminar a história daquele jeito foi uma decisão tomada ou foi uma das limitações do formato mais curto?

Na verdade, foi uma escolha muito bem tomada. Nós sabíamos que teríamos de cortar muitas partes da história, especialmente no início. Uma das coisas que eu mais amo na história é o desenvolvimento lento do relacionamento, o aumento da tensão aos poucos… Nós queríamos não perder muitos detalhes do começo, então pensamos: “Talvez devêssemos terminar [a história] em um momento dramático.” E é uma cena favorita dos fãs, então foi uma escolha quase unânime terminar ali, e espero que aqueles que são novos na história e aqueles que já leram os livros sintam todas essas emoções e queiram mais.

O que tem na HQ para os novos leitores que nunca leram uma página de “After”?

Eu diria que escapismo. Acredito que todos estamos procurando por um fuga da nossa realidade, especialmente nos últimos anos. Eu espero que seja divertido, instigante, uma pequena realização de desejos também, um pouco estressante porque o que é um romance sem drama, não é mesmo? [risos]. Mas eu gostaria que eles se apegassem ao escapismo e se identificassem com os personagens o quanto puderem.

E para aqueles que já são fãs e conhecem a história de “After”, tanto dos livros quanto dos filmes? O que eles podem esperar dessa nova versão da história que já não tenham visto antes?

[A versão em quadrinhos] é meio que uma mistura dos dois. Com os filmes da Netflix, é mais difícil, existe um limite de tempo, são muitas pessoas trabalhando no mesmo projeto, tiveram várias cenas cortadas que os fãs amariam MUITO, então eu quis ter a certeza de que colocaria esses momentos na HQ para agradá-los e também para acrescentar à história. E diferentemente dos livros, você consegue ter uma imagem em si dos personagens enquanto lê cada cena. Então, não sei, é um pouco estranho, eu sinto que é uma história totalmente diferente, mas há aquele sentimento de nostalgia ao lê-la se você já é um fã de “After”.

Fico feliz que você tenha comentando um pouco sobre o processo colaborativo porque eu acho interessante que você tenha criado o romance original sozinha. E então para os filmes, você trabalhou com cineastas. E agora com a HQ, você está trabalhando com ilustradores, artistas etc. É difícil colocar a sua arte, o “seu bebê”, nas mãos de outras pessoas?

Para os filmes, com certeza [risos]. Eu acho que Hollywood no geral, não a Netflix como empresa, mas os cineastas especificamente, eu acho que quando você tem pessoas que não são tão apaixonadas ou não conhecem muito bem os romances e quão grande é a audiência que esse gênero atrai, você meio que neglicencia coisas muito importantes. Então, foi difícil para mim colaborar com pessoas que eu sentia que não entendiam isso [risos]. Fazer um bom filme e ter a certeza de que os responsáveis para que [eles] fossem feitos, que são os fãs e não os cineastas necessariamente, ficassem satisfeitos com o resultado era a minha prioridade. Mas não importa qual seja a adaptação, qualquer fã, até mesmo eu como leitora, sempre que há uma adaptação sendo feita eu penso: “Isso não é igual no livro!”, então eu entendo, mas colaborar com ilustradores, coloristas, letristas e o time do Wattpad-Webtoons foi uma experiência completamente diferente para mim. Era um ambiente muito saudável e calmo. O processo com a HQ foi muito menos desgastante mentalmente, eu diria.

Já que você está revisitando seus livros diversas vezes em vários formatos, você também está revisitando críticas sobre sua obra. Houveram várias críticas sobre o comportamento de Hardin ou sobre o seu relacionamento com Tessa. As mesmas críticas apareceram com os filmes da Netflix e eu imagino que elas reaparecerão quando as pessoas lerem a HQ. Sempre que você adapta sua história, você fica tentada a mudar essas críticas que fazem sobre sua história?

Existem algumas coisas, especialmente agora que tudo está tão diferente de quando comecei a escrever e o conteúdo que eu consumia era diferente, mas eu realmente não mudo as coisas por conta das críticas. Porque a verdade é que, por mais que seja frustrante ter milhares de pessoas na internet te atacando por personagens fictícios [risos], eu realmente quero criar histórias controversas. Eu não quero contar uma história da garota e garoto perfeitos que se conhecem, saem juntos e tudo é lindo e maravilhoso até o final. O que é a vida sem um pouco de complicação? As pessoas são complicadas, na realidade.

Se você analisar, Hardin e Tessa são seres humanos bem realísticos, especialmente Hardin e ele sempre leva a culpa por tudo. E a Tessa não é um anjinho perfeito. Eu a amo muito, mas ela é manipuladora, controladora, crítica e distorce as coisas a seu favor sutilmente. Ela faz as mesmas coisas que ele, mas de maneira diferente. E se eles fossem reais, digamos que com seus 18, 19 anos de idade, eles estariam condenados para sempre por cometerem erros? Esse é o tipo de coisa que eu tenho vontade de gritar na internet, mas não faço isso. Eles são adolescentes [risos] e eles não têm noção de muitas coisas sobre a vida ainda. Eu nunca conheci alguém que sempre tomou a decisão certa. As pessoas cometem erros e isso não significa que elas merecem ser condenadas pelo resto de suas vidas. O Hardin trata Tessa da maneira que deveria? De jeito nenhum, mas esse é o ponto da série inteira [risos]. Eu não tinha experiência com escrita, apenas escrevia como um hobby na internet e virou algo maior. As pessoas são muito rápidas para julgar. Então, os meus personagens são tóxicos? Com certeza, eles são sim. Eu nunca vou escrever sobre personagens perfeitos. Se você está procurando por eles, eu recomendo dar uma olhada na estante infantil da sua livraria [risos].

Desconsiderando as críticas, você teve vontade de fazer alguma mudança drástica para a história da HQ?

Não uma mudança drástica, mas existem algumas coisas que eu escrevi no passado e que agora não fazem mais sentido para mim. Não por conta das críticas, mas porque eu penso que na versão mais curta, essa não é mais uma representação bacana do personagem ou não é algo que eu gostaria que ele fizesse. Eu não vou mudar os seus traços, mas tem uma coisa que o Hardin faz, que, basicamente, ele guarda uma prova sobre toda a situação da aposta e quando paro para pensar sobre isso, eu fico “O que é que eu estava pensando?” [risos]. Eu sou apaixonada por romances mais pesados, adoro histórias controversas. Eu também amo perguntar quando pessoas estão super criticando a história: “Está bem, mas o que você assiste? Game of Thrones? Euphoria? Se você está consumindo essas coisas, você também está enviando ameaças para os criadores delas na internet?”[risos] Mas têm coisas que eu mesma vejo que não concordo mais. Eu só não quero que o meu personagem faça mais isso, mas sem perder todo o trauma ou a consequência desse trauma que faz com que eles se comportem tal maneira.

Qual foi a maior mudança que você fez dos livros para a HQ?

Hmm, essa é uma boa pergunta. Talvez fazer cortes. Especialmente agora quando estamos trabalhando no próximo volume e nos aprofundando cada vez mais na história, eu vou lendo e penso “Uau, essa mesma briga pela 40ª vez” [risos], mas essa é a realidade. Se você não aprende com os seus erros, você não consegue consertá-los até encontrar a causa do problema. Muitas das mudanças são apenas cortes, não acho que tenha nenhuma mudança drástica até o momento, pelo menos. Vou dar um spoiler sem contar muito, mas talvez eu faça uma mudança um pouco mais drástica próximo do fim, mas no momento estamos seguindo fielmente com os livros.

E falando sobre o final, existem 4 livros de “After”, sem incluir o prequel “Before”. Isso significa que teremos, pelo menos, 4 volumes adaptando cada um dos livros ou você tem outros planos considerando o tamanho deles?

Na verdade, serão 7 volumes da HQ [risos]. O terceiro livro da série possui 897 páginas, então ele é BEM longo. Mesmo se cortássemos várias partes dele, não quero perder muito do seu enredo porque então estaríamos fazendo um novo volume da HQ apenas por fazer e para ser vendido. Essa é a última coisa que eu quero fazer, especialmente neste ponto da minha carreira. Para mim, isso é muito importante. Por mais que precisemos condensar a história por conta do formato, eu não quero perdê-la porque não quero simplesmente vender um produto. Eu quero vender a história em si. Então, por enquanto, 7 volumes, mas enquanto vamos trabalhando neles, tenho um pressentimento de que vamos precisar de mais [risos].

Tendo em mente como cada cena e personagem se parecem, Pablo Andrés foi seu ilustrador e Werner Sánches, seu colorista. Como vocês três decidiram como a HQ de “After” seria?

Definitivamente foi um longo processo. Houveram muitos debates e ambos moram na Espanha, então tínhamos os textos e edições sendo feitas na França, ilustração e coloração na Espanha, e havia eu com o meu time nos Estados Unidos, além do Wattpad no Canadá. Foi meio que um projeto internacional, mas basicamente o Pablo enviava alguns rascunhos no começo do processo. Ele fez rascunhos um pouco grosseiros de Hardin e Tessa e então eu pedia alguns refinamentos, como “nariz menor, lábios maiores, queixo mais definido”. Eu sou muito orientada pelos detalhes, por isso os meus livros possuem milhões de páginas [risos], então haviam muitas anotações, especialmente no começo, mas Pablo e Werner foram muito pacientes. Sou muito específica sobre como cada personagem deve parecer. Exceto pela descrição dos personagens que precisava ser de determinada maneira, eu não queria que eles fizessem tudo que eu dizia porque eles eram os verdadeiros artistas no final das contas. Eu queria dar alguma liberdade para eles, então foi algo bem colaborativo, com exceção para algumas coisas específicas, como no início dos rascunhos de Hardin. Eu dizia: “Ele está muito magro, ele precisa ser assim, essa tatuagem precisa ser tal maneira”, coisas desse tipo. Mas foi um trabalho bem colaborativo, tivemos diversas conversas e fizemos vários ajustes, eles tinham ideias que funcionaram muito bem, como a cor do cabelo da Steph, que foi mais uma colaboração do que simplesmente “eu quero um cabelo vermelho!”. Foi algo do tipo: “O que você acha desse tom? E esse outro?” Cada pequeno detalhe, como a cor dos olhos, tons diferentes de cores a serem escolhidos, podemos fazer mais claro? E mais escuro? Foram muitos detalhes.

Já que estamos falando tanto sobre quão divertido foi trabalhar nessa história em quadrinhos, isso significa que haverão mais HQs vindas de você além de “After”? Tanto de você como autora quanto da Frayed Books?

Eu acho que sim. Não posso dar certeza, mas eu realmente gostei desse formato de contar histórias e seria muito divertido criar uma história original ou talvez adaptar outra de minhas obras. Mas eu amei e agora penso: “Essa experiência abriu um novo mundo criativo na minha mente.” Então eu diria que provavelmente.

E para encerrarmos, tem algo que você queira que os seus fãs, novos admiradores ou qualquer pessoa saiba antes de ler a sua HQ?

Eu diria para eles que, se você está com uma cópia da HQ em mãos, muito obrigada pelo seu apoio e por me ajudar a viver o meu trabalho dos sonhos, basicamente. Eu espero que a história te leve para um novo mundo longe do qual estamos vivendo atualmente e que você pode escapar para essa história de amor e acompanhar o desenvolvimento dessas emoções. Isso foi para os novos leitores, já para os meus fãs, eu gostaria de dizer obrigada! Em caixa alta com 20 exclamações no final [risos]. É por conta deles que posso fazer coisas como essa e eu sou muito, muito, muito sortuda e grata como uma autora que começou escrevendo fanfic na internet e agora tenho uma história em quadrinhos best-seller que acabou de ser lançada, então tem sido uma jornada incrível.

“After: The Graphic Novel – Volume One” de Anna Todd e Pablo Andrés chega ao Brasil em breve. O Volume Two está previsto para ser lançado mundialmente na primavera de 2023.

Matéria por Joe Anthony Myrick para ScreenRant
Tradução e Adaptação por Equipe After Brasil

Matéria publicada por: Marcelo Ramos

Você vai querer deixar um espaço de sobra na sua estante (ou Kindle) porque a nossa rainha favorita do Wattpad Anna Todd está nos abençoando com uma nova série de livros. A Cosmopolitan tem todos os detalhes exclusivos de seu mais novo lançamento e você não vai querer perdê-lo.

É isso mesmo, Anna Todd está de volta e pronta para lançar “The Falling”, o primeiro livro na trilogia de Brightest Stars, que será lançado em 5 de Julho. A história segue a jovem Karina de 20 anos que se apaixona por alguém na base militar de sua cidade. Embora ela seja capaz de consertar qualquer coisa em sua vida, talvez ela não consiga consertá-lo do jeito que esperava.

Confira abaixo os detalhes de “The Falling”, a ser publicado pela editora da autora em parceria com o Wattpad:

A jovem Karina de 20 anos tem orgulho da vida independente que está tentando criar para si mesma em Fort Benning, na Geórgia. Filha de um oficial, irmã apoiadora de um irmão gêmeo problemático, amiga caridosa de sua colega de quarto Elodie, ela sempre coloca as necessidades dos outros em primeiro lugar e se orgulha de ser aquela que conserta coisas – seja a casa que ela acabou de comprar ou a família fragmentada que ela trabalha duro para manter intacta.

“Assim como todos que cresceram ao redor de uma base do exército, Karina também conhece o som que acompanha os homens e mulheres que voltam da guerra para suas casas. E quando ela conhece Kael, um soldado charmoso à beira de ser dispensado, ela fica imediatamente intrigada por sua presença e silêncio enigmáticos. Enquanto sua inesperada e incerta amizade começa a evoluir para algo a mais, Karina tenta entender a história de Kael: ele é emocionalmente fechado, está se recuperando de ferimentos e outros traumas deixados por duas idas ao Afeganistão. Como fisioterapeuta, Karina tem um grande desejo de ajudá-lo a se recuperar, e embora isso mexa com suas inseguranças e ansiedade, ela tem um desejo igualmente forte em confiar nele. Mas essa confiança é frágil, assim como a preciosidade da vida de um soldado. Ela pode partir em um instante. Enfrentando caminhos difíceis, seu relacionamento será testado pela única coisa que Karina não consegue aceitar, perdoar ou entender.

A trilogia “Brightest Stars” de Anna Todd continuará com “The Burning” e “The Infinite Light of Dust”, a serem lançados em breve.

Confira abaixo um trecho exclusivo de “The Falling”:

Eu acordo com o celular em meu peito. Parecia que o aquecedor estava ligado. Olhei para o relógio: quase 4h da manhã. Eu tinha que acordar às 8h para fazer compras, abastecer o carro e estar pronta para trabalhar às 10h. Pensar na minha lista de afazeres estava me estressando no meio da madrugada, fazendo com que meu cérebro muito acordado voltasse a dormir. Eu levantei a minha camiseta, liguei o ventilador na velocidade máxima e deitei de volta, deixando que o ar refrescante preenchesse o quarto e tocasse minha pele.

Abrindo o Facebook no meu celular, conferi a lista de amigos de Elodie e digitei o nome de Kael. Nada apareceu, então procurei por ele de novo. Mudei a minha pesquisa para “Mikael Martin” e achei um perfil com menos de 100 amigos, o que parecia estranho para mim, mas fazia sentido para aquilo que eu sabia dele, até então. Eu não conversava com 99% das pessoas que eu era “amiga”, mas ainda sim tinha quase 1.000. Isso parecia um exagero, mil pessoas com quem nunca conversei terem acesso a mim.

A sua foto de perfil era uma com Kael e outros três soldados. Eles estavam vestindo seus uniformes de combate e parados ao lado de um grande tanque. Kael estava sorrindo na foto, talvez até rindo – seu sorriso era grande assim. É estranho vê-lo dessa maneira, seus braços em torno de um dos caras. Talvez aquele era o tal sorriso que eu tanto pensava sobre? Eu dei zoom na imagem. Meu estômago formigou. Voltei para o seu perfil, mas além da sua foto de perfil e Fort Benning, Georgia, eu não consegui achar nenhuma outra informação sobre ele. Tudo era privado. Eu quase pedi para adicioná-lo, mas parecia coisa de stalker pedir para ser sua amiga no Facebook enquanto ele estava dormindo em uma cadeira na minha sala de estar.

Saí de seu perfil e joguei meu celular para o lado vazio da cama, me sentando. Estava tão calor no meu quarto que estava começando a imaginar que Elodie talvez tivesse ligado o aquecedor ao invés do ar condicionado outra vez. Minha garganta estava seca. Eu conseguia sentir o suor escorrendo pelo meu pescoço quando prendi meu espesso cabelo cacheado.

Kael e Elodie estavam dormindo na sala de estar, então fui cuidadosa ao passar pelo corredor até a cozinha. Eu conhecia o piso da minha casa tão bem que pude andar facilmente por cada centímetro na escuridão com apenas a ajuda da luz noturna ligada em uma tomada da cozinha.

Peguei a jarra de água da geladeira e bebi tudo até não conseguir mais, minha garganta queimando do gelo. Toda noite quando eu era criança, minha mãe trazia um copo de água gelada para me ajudar a dormir. Eu parei com essa mania alguns meses atrás, mas continuei deixando uma jarra na geladeira, caso eu sentisse a necessidade daquele conforto novamente. Fechei a geladeira e quase gritei quando vi Kael sentado na mesa da cozinha.

“Merda, você me assustou.” Eu enxugo meus lábios molhados com a palma da minha mão. “Desculpa se eu te acordei. Está muito calor aqui.”

“Eu estava acordado.”

Eu dei um passo mais perto dele e seus olhos acompanharam meu corpo, parando na minha camiseta levantada até a barriga e minhas coxas expostas, quando percebi que eu mal estava vestida. A cozinha estava escura, mas ele com certeza conseguia ver, pelo menos, o contorno do meu corpo. Eu abaixei a minha camiseta, tentando desfazer o nó que fiz na bainha.

“Por que você está acordado? Você estava apenas sentado aqui no escuro?”

A cabeça de Kael deu uma leve inclinada, como se ele estivesse confuso pelo o que eu estava dizendo, e ele olhou para as minhas pernas. Imediatamente, senti uma onda de insegurança, pensando sobre as várias celulites que haviam nas minhas coxas. Ele olhou de volta para cima, no meu rosto.

“Posso beber um pouco dessa água?” ele perguntou.

Meu rosto ficou vermelho, pensando como eu não tinha percebido a presença dele sentado na cozinha enquanto fui até a geladeira e peguei água de uma garrafa plástica.

Eu assenti e abri a porta da geladeira. “É só água da torneira. Eu compro uma dessas. ”— eu segurei uma garrafa com o selo Água de Nascente—“de vez em quando e só encho de novo com água da torneira. Então, não é água de nascente de verdade.”

“Eu consigo tomar água da torneira.”

Seu sarcasmo me surpreendeu. Sorri e ele sorriu de volta, também uma surpresa. Ele pegou a garrafa da minha mão e a levou até sua boca sem tocar nos seus lábios. Não consegui ver o que ele estava vestindo, ou não vestindo nesse caso. Ele havia tirado a jaqueta do seu uniforme e sua camiseta, e sua calça camuflada estava tão baixa na cintura que revelava sua cueca que quase conseguia ler a marca dela, mas eu sabia que não deveria tentar. Olhei de volta para o seu rosto enquanto ele tomava outro gole de água.

“Então, por que você está acordado? Se acostumando com a diferença de horário?” Eu perguntei.

Ele me devolveu a garrafa e eu dei outro gole. Ainda estava com calor, mas a cozinha estava mais fresca do que meu quarto. O piso frio estava confortável nos meus pés. Olhei o termostato que fica dentro da sala de estar, próximo do corredor. Estava marcando 21ºC, e estava nessa temperatura aqui, exceto no meu quarto. Será que eu estava ficando doente? Eu não poderia ficar – literalmente.

“Eu não durmo muito,” Kael finalmente respondeu.

“Nunca?”

“Nunca.”

Eu sento de frente para ele na mesa de madeira escura da cozinha.

“Por conta de onde você esteve?”

“Não a casa do seu pai,” ele disse com uma dose de ironia, mas sem nenhum traço de humor em seu rosto. Nem no seu forte e marcante mandíbula. Ou em seus olhos nebulosos que estavam vermelhos por não conseguir dormir.

“Ha-ha.” Eu revirei os meus olhos, tentando impedir meu cérebro de imaginá-lo no Afeganistão.

“Guerra, é claro.” Seus olhos estavam na direção de suas mãos, não em meu rosto. Ele lambeu seus lábios, deixando um pequeno riso escapar. “Eu penso se vou ficar falando disso a minha vida inteira, sabe, como os veteranos do Vietnã que conheci no hospital. Ainda contando histórias de 50 anos atrás.”

Meu estômago começou a doer pensando sobre esse jovem quieto na zona de guerra, sendo acordado por cápsulas de armas ou foguetes ou qualquer terror que ele tenha vivido, enquanto eu reclamo e lamento para mim mesma sobre coisas insignificantes e as pequenas misérias da vida. A perspectiva foi um tapa na cara.

“Eu acho que é estranho estar aqui de volta.” Ele suspirou. “Como se eu não tivesse certeza do que fazer comigo.”

Entre a sua honestidade e vulnerabilidade estampadas em seu rosto, eu pensei que talvez estivesse tendo essa conversa em um sonho. Era como se eu pudesse ler a sua mente e sentir sua dor, embora ele estivesse fazendo um bom trabalho ao tentar escondê-la. Eu era uma expert nisso e conseguia identificar quando alguém tentava esconder suas emoções na mesma hora.

“Você precisa voltar?” eu perguntei, esperando que ele respondesse não.

Na minha mente, um alarme estava disparando, gritando para me alertar, o talvez Kael, sobre como eu estava começando a me sentir sobre ele. Eu o conhecia a menos de 48 horas, e ainda sim quis protegê-lo, impedi-lo de voltar. Apenas ter a certeza de que ele não iria se perder… em qualquer maneira que alguém pudesse se perder. Uma lista passou por minha cabeça enquanto encarávamos um ao outro por minutos que pareciam horas. Por que eu me importo? Eu olho para seu rosto, querendo ficar com uma cópia de como seus olhos estavam firmes, não olhando por toda parte, seus lábios estavam semiabertos, palavras hesitando em escapar. Seu foco foi para a parede atrás de mim. Eu senti como se ele estivesse lendo a minha mente, detectando simpatia que poderia ser facilmente interpretada como pena. Eu não sentia pena dele. Eu só sentia… que não conseguia entender exatamente o que eu estava sentindo. Quando se tratava de Kael e do exército, não era da minha conta. Ele sabia onde tinha se metido. Mas essa era a parte lógica do meu cérebro; Eu sabia que sentia o contrário. Eu estava mentindo para mim mesma sobre as consequências de servir, como se inscrever fizesse isso ser aceitável, e esse sentimento revirou meu estômago.

“Eu ainda não sei,” ele respondeu, e ambos ficaram em silêncio.

“Eu espero que não.” As palavras deixaram a minha boca antes que eu pudesse me importar como elas soariam.

Eu odiava a ideia de Kael na guerra, tão longe daqui. Se escondendo na escuridão de caixas de areia, construindo postes improvisados para serem destruídos por foguetes no meio da noite. Meu corpo inteiro ficou com raiva quando pensei sobre a sua vida lá, tantas vidas vividas e perdidas na guerra. Uma parte de mim sentiu que estava traindo a minha infância, a linhagem da minha família de soldados e aviadores, mas parece que eu não era tão patriota quanto esperava ser. Não se isso era o que significava. Eu nunca fui e nem a minha mãe. Você não conseguiriam convencer nenhuma de nós duas que violência seria a solução para qualquer qualquer coisa, não importa qual fosse o problema.

A cabeça de Kael encostou em sua mão dobrada. Seus olhos estavam se fechando.

“Eu quero… ficar aqui,” ele sussurrou, mal consciente.

Meu corpo inteiro ficou pesado. A vida militar, às vezes, era tão injusta. Eu queria perguntar para Kael se ele achava que esse era seu propósito na vida, ou o que fez ele se alistar para o exército?

Todos tinham seus motivos, mas qual era o dele? Ele era como a maioria dos jovens soldados que eu conhecia? Ele havia sido persuadido a se alistar pela pobreza ao seu redor e a promessa de um salário fixo e seguro de vida?

“Eu realmente—” comecei a falar, mas seus olhos estavam totalmente fechados. Eu olhei para ele através da escuridão e vi seu rosto relaxar, traço por traço. Seus olhos pararam de girar atrás de suas pálpebras, e me senti atraída para dormir enquanto eu o observava relaxar diante de meus olhos. Eu adormeci, não me importando se estava longe da minha cama.

© Anna Todd, 2022


“The Falling”, de Anna Todd, será lançado em 5 de julho de 2022.

Matéria por Tamara Fuentes para Cosmopolitan
Tradução e Adaptação: Equipe After Brasil

Matéria publicada por: Douglas Vasquez

Em comunicado para imprensa, Anna Todd anuncia parceria inedita com Wattpad. Frayed Pages x Wattpad Books é o primeiro selo literário de grande escala do grupo Wattpad WEBTOON Studios.

Anna Todd começou sua carreira literária há quase 10 anos no Wattpad, e desde então, seus livros foram lidos mais de 2 bilhões de vezes na plataforma, foram adaptados em quatro filmes (com o último a ser lançado no próximo ano), traduzidos em mais de 30 línguas e agora publicará seus próximos livros e também de outros autores através do selo.

“Estamos muito animado por receber Anna em casa”, disse Aron Levitz, Presidente do Wattpad WEBTOON Studios. “Anna Todd é a autora-que-vira-influencer original. Sua criatividade, combinada com sua habilidade de construir uma fanbase global apaixonada gerou o molde para o futuro do entretenimento, e estamos felizes em embarcar neste novo relacionamento com ela.”

Em 2022, Frayed Pages x Wattpad Books está planejando publicar 3 novos títulos de Anna Todd. O selo também publicará trabalhos de novos talentos das fanfictions, além de autores já consagrados.

“Aprendi muito desde que comecei a escrever e estou ansiosa pra compartilhar as minhas experiências com a Frayed Pages x Wattpad Books e seus autores”, disse Todd. “Nossa missão com este selo não é apenas celebrar autores que contam histórias de perspectivas únicas, mas expandir o mundo de narrativas para dar a uma nova geração de talentos as ferramentas para levarem suas histórias a leitores em todos os lugares”.

Todd estará envolvida em todos os aspectos da publicação, de acordo com o anúncio — da aquisição de direitos ao lançamento e divulgação. O time ainda incluirá Anne Messitte, editora que foi responsável por descobrir a trilogia “50 Tons de Cinza”. Messitte trabalhou por cerca de duas décadas na Penguin Random House, onde teve seu trabalho aclamado por descobrir diversos autores best-sellers. Ela trabalhará em conjunto com Anna Todd e também seu time, na Frayed Pages, que se junta a curadoria do novo selo.

O primeiro título a sair pela Frayed Pages x Wattpad Books será o primeiro volume de “After: The Graphic Novel”. A HQ, que chega na primavera de 2022 nos Estados Unidos, já está em pré-venda e também já alcançou o topo dos mais vendidos da Amazon por algumas semanas. Depois, o foco será em dois volumes de uma nova trilogia escrita por Todd, planejados para o verão e outono americano de 2022.

O site do grupo já está no ar e conta com informações complementares sobre o trabalho de Anna Todd, confira.

Matéria publicada por: Marcelo Ramos

Em conversa com Anna Todd e Damon Baker

Anna Todd, autora de best-sellers internacional e do New York Times, é a mente criativa por trás da popular série de livros “After”. Desde o início de sua carreira como escritora no Wattpad até se tornar uma autora publicada, seus livros foram traduzidos para mais de 30 idiomas e “After”, o primeiro romance da série foi adaptado para cinema em 2019, com sequências a serem lançadas.

Damon Baker, o fotógrafo talentoso, sentou-se com Anna para conversar sobre sua carreira e sua vida.

Damon: Anna, alguns momentos atrás você estava na frente da minha câmera me dizendo que não tinha ideia do que fazer, então acendemos uma vela juntos e eu disse a você que tudo que você precisa fazer é fechar os olhos, mas quando você os abre, você é a mulher que sempre foi. Uma mulher que dedica sua vida a Asher e Jordan, uma mulher que traz sua fantasia à vida, dando todo seu coração e alma para sua arte.

Anna: Em primeiro lugar, obrigado por me permitir sair da minha zona de conforto de uma forma tão confortável e autêntica.

É natural para você expressar seus pensamentos através da escrita?

Escrever para mim é tão natural quanto respirar. É o único momento em que minha mente fica em silêncio, apesar das palavras e mundos inteiros fluindo através de mim e para o teclado. Sinto que minha mente está tão cheia de tantas histórias, pessoas e cenários que não tenho tempo suficiente durante o dia para contá-los todos.

Você me disse que escrever não é uma rotina, é um momento que aparece em você e que é quando realmente se sente inteira, para criar?

Sim! Eu conheço muitos escritores que programam seus dias de escrita, colocando até horários, e eu sempre senti inveja de eles poderem fazer isso. Sempre que tento programar minha escrita, fico parada na página em branco e isso realmente me dói. Se eu forçar, acabo apagando tudo na próxima vez que leio. Há momentos em que estou no meio de uma tarefa completamente diferente, ou mesmo no telefone ou no supermercado e tenho que pegar o meu celular e anotar tudo no bloco de notas. Sou uma escritora muito desorganizado nesse sentido. Tenho que sentir tudo ou odeio cada palavra.

Quem é você criativamente, Anna?

Sou mais uma contadora de histórias do que uma escritora. Sou uma mulher chegando ao meu poder (muito recentemente) e tentando dar voz aos que não têm voz. Quero que as pessoas, que normalmente não conseguem se encontrar em romances, se sintam vistas e ouvidas nos meus. É isso que sonho que seja o meu legado.

https://twitter.com/AfterBrasil_/status/1321137237862633476

A criação de um império certamente deve ter afetado sua saúde mental. Isso é verdade?

Bem, isso definitivamente afetou minha saúde mental. Não quero parecer ingrata, mas tem sido difícil de ajustar, especialmente quando se trata de tentar fazer minha fã-base feliz. As redes sociais costumavam ser um lugar divertido para mim e agora quanto mais minha carreira cresce, mais ansiedade isso me causa. Não é normal ler coisas ruins ou boas até mesmo sobre você o dia todo. Sempre tive uma espécie de cérebro maníaco, mas isso fez com que eu desenvolvesse uma extrema ansiedade em torno das redes sociais e da pressão para viver de acordo com o legado que quero deixar. Sou grata pela minha vida e carreira, mas definitivamente teve um custo para a minha saúde mental. Eu não diria que estou bem, mas estarei.

Eu adoraria saber como você lida com compartilhar a sua arte com o mundo.

É diferente com cada livro. Às vezes eu escrevo algo e sinto que é a melhor coisa que escrevi, então eu entrego e vejo o meu próprio trabalho. Tenho esse processo que sempre sinto que não mereço elogios e atenção, e às vezes é difícil voltar à realidade e lembrar que minhas palavras tocaram milhões de pessoas. Eu tive Síndrome do Impostor nos últimos seis anos, mas aos poucos estou assumindo meu poder e não consigo imaginar uma vida em que eu não compartilhasse minhas palavras com as pessoas.

O que te levou ao momento de sua vida em que decidiu que compartilhar sua arte era seu destino?

Eu gostaria de ter uma resposta elaborada e chique para essa pergunta, mas foi o tédio. Literalmente. Tenho sido uma leitora muito ávida durante toda a minha vida, mas nunca sonhei que poderia escrever algo meu. Encontrei um site que estava lendo e um dia decidi escrever um capítulo e depois outro, depois outro. Escrevi meu primeiro romance escrevendo o que queria ler como leitora, e aqui estamos.

Por favor, diga-me, diga ao mundo, onde você vai se aventurar a seguir? Sua arte criou um mundo para muitas pessoas se conectarem e se sentirem seguras ao redor do mundo.

Obrigada. Estou passando por uma grande transição criativa agora, pela qual estou igualmente apavorada e animada. Tenho tantas histórias para contar e muitas outras conexões para fazer para meus leitores, novos e antigos. Eu comecei minha própria produtora depois de minha experiência em adaptar meus próprios romances e vou criar um espaço seguro e justo para os criativos se expressarem sem a escuridão da indústria.

Talento: Anna Todd
Fotografia: Damon Baker
Styling: Lisa Jarvis
Cabelo: Patricia Morales usando IGK hair care
Maquiagem: Trace Watkins
Jornalista: Jana Letonja

Matéria: Numéro Netherlands
Tradução e Adaptação: Equipe After Brasil

Os protagonistas de “After 2”, Josephine Langford, Hero Fiennes-Tiffin e Dylan Sprouse, contam para a VanityFair.it as emoções e curiosidades por trás de um dos filmes mais esperados do ano. E a escritora da saga, Anna Todd, fala sobre a importância de falarmos sobre sexo entre os mais jovens.

Os leitores que reprovaram o primeiro filme por ser muito diferente do livro, amenizar a relação entre Tessa e Hardin e eliminar muitas das cenas de sexo presentes entre as páginas não ficarão decepcionados, pois “After We Collided”, o segundo capítulo de uma das sagas mais bem sucedidas dos últimos anos, eleva o nível e as atmosferas carregadas de tensão, sexual e emocional, dos protagonistas da obra original de forma surpreendente, plausível e absoluta.

“A produtora garantiu que desta vez eu tivesse mais poder no processo criativo para que os fãs não ficassem decepcionados.” — Anna Todd.

“O primeiro filme não tinha muitas das sombras que caracterizam a relação entre Tessa e Hardin. O diretor Roger Kumble imediatamente se familiarizou com o material que trabalharia e estava animado para dar aos fãs o que eles queriam”, disse a escritora Anna Todd, em uma conferência via Zoom, ao apresentar à imprensa estrangeira o segundo filme de seu livro, After 2 – Un cuore in mille pezzi, publicado na Itália pela Sperling & Kupfer.

O filme, que chega aos cinemas em 2 de setembro, retoma a história de onde parou: Tessa descobriu que Hardin, o garoto por quem ela se apaixonou loucamente em seu primeiro ano na faculdade, decidiu seduzi-la devido a uma aposta e agora ela está determinada a reprimir qualquer sentimento que a prenda a ele. Enquanto Hardin não consegue se livrar dos maus hábitos que já havia mostrado no primeiro filme, Tessa segue em frente, começa um estágio na editora Vance e conhece um cara que parece ter todas as qualidades necessárias para se candidatar ao posto de namorado perfeito. Seu nome é Trevor e, embora os fãs dos livros tenham sentimentos diferentes em relação ao personagem, sabemos que ele ganhará grande parte do público por sua aparência e olhos verdes. Ele será interpretado por Dylan Sprouse, que explica como foi emocionante se tornar parte de um projeto tão querido por jovens do mundo todo: “Quando cheguei em Atlanta, sabia que entraria em uma produção muito querida. De um lado, havia a atmosfera da equipe em que todos pareciam se conhecer e se divertir muito – e do outro, o efeito After que encantou os fãs.”

Josephine Langford e Hero Fiennes-Tiffin, agora muito mais íntimos na tela e grandes amigos na vida real, estão de volta a seus personagens. “Neste filme, finalmente encontramos uma Tessa mais madura e sábia, lidando com um estágio e a bagagem de seu primeiro grande amor “, revela Josephine, que usa roupa preta e uma maquiagem pesada.

“O primeiro filme gira em torno do encontro dos dois protagonistas e, quando ele termina, o público sabe os sentimentos que eles têm um pelo outro. Por outro lado, o segundo se concentra em explorar o mundo interno dos personagens, então não acho que os dois protagonistas mudam significativamente: prefiro dizer que é a maneira como os vemos que muda”, acrescenta Hero, com o cabelo para trás e de polo bege, que se destaca em um fundo branco. Desta vez, ambos estarão envolvidos em mais cenas de sexo do que no primeiro “After”. Perguntamos a ele se houve um pouco de constrangimento no set, e foi Josephine quem respondeu. Hero diz que “algumas vezes eu esqueci minhas fala, o que foi embaraçoso”, então Josephine explica que ter uma equipe sempre pronta para te ajudar foi crucial para fazê-la se sentir confortável ao filmar sequências mais ousadas. “Esse é o tipo de ambiente que você precisa para ser capaz de fazer tal filme e ficar emocionalmente estável no set.”

Além do relacionamento de Tessa e Hardin, “After 2” mostrará mais sobre o passado, especialmente o de Hardin. “Saber o que ele passou pode nos dar algumas explicações sobre o seu comportamento e jeito de ser”, acrescenta Hero, que ressalta que ele nunca fez uma aposta tão terrível como Hardin fez com seus amigos para fazer com que Tessa se apaixonasse por ele e depois tivesse o coração. “Eu nunca poderia fazer algo tão ruim. Admito ter apostado muito dinheiro no meu time favorito algumas vezes, mas é algo que não faço mais.”

“Acho que desse ponto de vista, o presente conta mais do que o passado e a evolução que ambos vivem como seres humanos também emerge de uma mudança na forma de comunicação entre eles,” Josephine também comenta.

A história dos dois protagonistas, por outro lado, é tão familiar para o público que nem mesmo a autora da saga, Anna Todd, sabe explicar porque seus cinco livros encontraram o gosto de tantos leitores em todo o mundo: “Eu também gostaria de saber. Acho que o sucesso de “After” é devido ao fato de que você pode encontrar uma parte de si mesmo em cada um dos personagens. As histórias contadas são tantas que, mesmo que você não possa se ver em Hardin ou Tessa, você pode se ver em Molly ou Steph, e você pode encontrar algo sobre sua própria infância descobrindo o vício de Hardin. Não é simplesmente a história de duas pessoas fazendo sexo e brigando, os personagens são profundos para que qualquer um possa, em partes, se identificar com eles. Essa é a conclusão que cheguei ao longo dos últimos dois anos.”

As demonstrações de afeto pelo trabalho de Todd, por outro lado, vieram em mais de uma ocasião – em certo momento ela conta ter tido contato de dois pais brasileiros que haviam perdido a filha, que morreu com seu livro no colo. “Muitas meninas me dizem que aprenderam várias coisas. Tem aquelas que me disseram que perceberam que deveriam largar um menino, aquelas que entenderam que deveriam perdoar seu pai, aquelas que perceberam que deveriam se sentir mais seguras e aquelas que tinham que desistir da ideia de um amor perfeito. Eu amo ver tantas reações diferentes porque, por mais que muitos não acreditem no meu trabalho, eu posso atingir o coração de muitas pessoas, de um jeito ou de outro.”

Falar sobre sexo não é uma escolha qualquer, mas sim necessária: “Eu não entendo esse hábito de querer manter as meninas afastadas sobre tudo relacionado ao sexo, e subordinar sua ideia de sexo a um ponto de vista puramente masculino. Quando ‘Cinquenta Tons de Cinza” foi lançado, muitas mulheres escondiam a capa do livro, aterrorizadas por saberem que estavam lendo um romance erótico. Mas quando você é uma pessoa adulta, isso não deveria acontecer. Também penso nas controvérsias provocadas por “After”, relacionadas ao fato de que as meninas leram sobre masturbação, mas eu não entendo o porquê que você deveria ter vergonha. Se você se sente ofendido pelo sexo, você não é obrigado a ouvir sobre isso, mas aquelas pessoas que são curiosas – e muitas meninas jovens são – têm todo o direito de explorar sua sexualidade e fazer sexo. O sexo deve permitir que você se sinta poderosa, e por mais generalizado que possa parecer, são principalmente os homens que teriam mais a aprender sobre o assunto. Para que haja uma verdadeira coesão nos relacionamentos, é importante que as meninas possam expressar sua sexualidade e experienciá-la como uma coisa normal, e que o assunto seja abordado sem nenhuma vergonha.”

Entrevista por Mario Manca para a Vanity Fair Italia.
Tradução e Adaptação por Tiffany Luana e Marcelo Ramos para o After Brasil.




Nome: After Brasil / Anna Todd Brasil
Online desde: 19 de Junho de 2014
URL: afterbr.com / annatodd.com.br
Webmaster: Douglas Vasquez
Contato: contato@afterbr.com
Versão: 4.0

O After Brasil é a maior fonte sobre a série no Brasil e no mundo; oficializado por Anna Todd e as editoras e distribuidoras parceiras. Todo o conteúdo do site (fotos, notícias, vídeos e etc) pertencem ao site a não ser que seja informado o contrário. Este site foi criado por fãs e para os fãs e não possui nenhum tipo de fins lucrativos.
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AFTER
Status: Disponível
Direção: Jenny Gage
Roteiro: Susan McMartin

AFTER: Depois da Verdade
Status: Pós-produção
Direção: Roger Kumble
Roteiro: Anna Todd

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