Matéria publicada por: Marcelo Ramos

Você vai querer deixar um espaço de sobra na sua estante (ou Kindle) porque a nossa rainha favorita do Wattpad Anna Todd está nos abençoando com uma nova série de livros. A Cosmopolitan tem todos os detalhes exclusivos de seu mais novo lançamento e você não vai querer perdê-lo.

É isso mesmo, Anna Todd está de volta e pronta para lançar “The Falling”, o primeiro livro na trilogia de Brightest Stars, que será lançado em 5 de Julho. A história segue a jovem Karina de 20 anos que se apaixona por alguém na base militar de sua cidade. Embora ela seja capaz de consertar qualquer coisa em sua vida, talvez ela não consiga consertá-lo do jeito que esperava.

Confira abaixo os detalhes de “The Falling”, a ser publicado pela editora da autora em parceria com o Wattpad:

A jovem Karina de 20 anos tem orgulho da vida independente que está tentando criar para si mesma em Fort Benning, na Geórgia. Filha de um oficial, irmã apoiadora de um irmão gêmeo problemático, amiga caridosa de sua colega de quarto Elodie, ela sempre coloca as necessidades dos outros em primeiro lugar e se orgulha de ser aquela que conserta coisas – seja a casa que ela acabou de comprar ou a família fragmentada que ela trabalha duro para manter intacta.

“Assim como todos que cresceram ao redor de uma base do exército, Karina também conhece o som que acompanha os homens e mulheres que voltam da guerra para suas casas. E quando ela conhece Kael, um soldado charmoso à beira de ser dispensado, ela fica imediatamente intrigada por sua presença e silêncio enigmáticos. Enquanto sua inesperada e incerta amizade começa a evoluir para algo a mais, Karina tenta entender a história de Kael: ele é emocionalmente fechado, está se recuperando de ferimentos e outros traumas deixados por duas idas ao Afeganistão. Como fisioterapeuta, Karina tem um grande desejo de ajudá-lo a se recuperar, e embora isso mexa com suas inseguranças e ansiedade, ela tem um desejo igualmente forte em confiar nele. Mas essa confiança é frágil, assim como a preciosidade da vida de um soldado. Ela pode partir em um instante. Enfrentando caminhos difíceis, seu relacionamento será testado pela única coisa que Karina não consegue aceitar, perdoar ou entender.

A trilogia “Brightest Stars” de Anna Todd continuará com “The Burning” e “The Infinite Light of Dust”, a serem lançados em breve.

Confira abaixo um trecho exclusivo de “The Falling”:

Eu acordo com o celular em meu peito. Parecia que o aquecedor estava ligado. Olhei para o relógio: quase 4h da manhã. Eu tinha que acordar às 8h para fazer compras, abastecer o carro e estar pronta para trabalhar às 10h. Pensar na minha lista de afazeres estava me estressando no meio da madrugada, fazendo com que meu cérebro muito acordado voltasse a dormir. Eu levantei a minha camiseta, liguei o ventilador na velocidade máxima e deitei de volta, deixando que o ar refrescante preenchesse o quarto e tocasse minha pele.

Abrindo o Facebook no meu celular, conferi a lista de amigos de Elodie e digitei o nome de Kael. Nada apareceu, então procurei por ele de novo. Mudei a minha pesquisa para “Mikael Martin” e achei um perfil com menos de 100 amigos, o que parecia estranho para mim, mas fazia sentido para aquilo que eu sabia dele, até então. Eu não conversava com 99% das pessoas que eu era “amiga”, mas ainda sim tinha quase 1.000. Isso parecia um exagero, mil pessoas com quem nunca conversei terem acesso a mim.

A sua foto de perfil era uma com Kael e outros três soldados. Eles estavam vestindo seus uniformes de combate e parados ao lado de um grande tanque. Kael estava sorrindo na foto, talvez até rindo – seu sorriso era grande assim. É estranho vê-lo dessa maneira, seus braços em torno de um dos caras. Talvez aquele era o tal sorriso que eu tanto pensava sobre? Eu dei zoom na imagem. Meu estômago formigou. Voltei para o seu perfil, mas além da sua foto de perfil e Fort Benning, Georgia, eu não consegui achar nenhuma outra informação sobre ele. Tudo era privado. Eu quase pedi para adicioná-lo, mas parecia coisa de stalker pedir para ser sua amiga no Facebook enquanto ele estava dormindo em uma cadeira na minha sala de estar.

Saí de seu perfil e joguei meu celular para o lado vazio da cama, me sentando. Estava tão calor no meu quarto que estava começando a imaginar que Elodie talvez tivesse ligado o aquecedor ao invés do ar condicionado outra vez. Minha garganta estava seca. Eu conseguia sentir o suor escorrendo pelo meu pescoço quando prendi meu espesso cabelo cacheado.

Kael e Elodie estavam dormindo na sala de estar, então fui cuidadosa ao passar pelo corredor até a cozinha. Eu conhecia o piso da minha casa tão bem que pude andar facilmente por cada centímetro na escuridão com apenas a ajuda da luz noturna ligada em uma tomada da cozinha.

Peguei a jarra de água da geladeira e bebi tudo até não conseguir mais, minha garganta queimando do gelo. Toda noite quando eu era criança, minha mãe trazia um copo de água gelada para me ajudar a dormir. Eu parei com essa mania alguns meses atrás, mas continuei deixando uma jarra na geladeira, caso eu sentisse a necessidade daquele conforto novamente. Fechei a geladeira e quase gritei quando vi Kael sentado na mesa da cozinha.

“Merda, você me assustou.” Eu enxugo meus lábios molhados com a palma da minha mão. “Desculpa se eu te acordei. Está muito calor aqui.”

“Eu estava acordado.”

Eu dei um passo mais perto dele e seus olhos acompanharam meu corpo, parando na minha camiseta levantada até a barriga e minhas coxas expostas, quando percebi que eu mal estava vestida. A cozinha estava escura, mas ele com certeza conseguia ver, pelo menos, o contorno do meu corpo. Eu abaixei a minha camiseta, tentando desfazer o nó que fiz na bainha.

“Por que você está acordado? Você estava apenas sentado aqui no escuro?”

A cabeça de Kael deu uma leve inclinada, como se ele estivesse confuso pelo o que eu estava dizendo, e ele olhou para as minhas pernas. Imediatamente, senti uma onda de insegurança, pensando sobre as várias celulites que haviam nas minhas coxas. Ele olhou de volta para cima, no meu rosto.

“Posso beber um pouco dessa água?” ele perguntou.

Meu rosto ficou vermelho, pensando como eu não tinha percebido a presença dele sentado na cozinha enquanto fui até a geladeira e peguei água de uma garrafa plástica.

Eu assenti e abri a porta da geladeira. “É só água da torneira. Eu compro uma dessas. ”— eu segurei uma garrafa com o selo Água de Nascente—“de vez em quando e só encho de novo com água da torneira. Então, não é água de nascente de verdade.”

“Eu consigo tomar água da torneira.”

Seu sarcasmo me surpreendeu. Sorri e ele sorriu de volta, também uma surpresa. Ele pegou a garrafa da minha mão e a levou até sua boca sem tocar nos seus lábios. Não consegui ver o que ele estava vestindo, ou não vestindo nesse caso. Ele havia tirado a jaqueta do seu uniforme e sua camiseta, e sua calça camuflada estava tão baixa na cintura que revelava sua cueca que quase conseguia ler a marca dela, mas eu sabia que não deveria tentar. Olhei de volta para o seu rosto enquanto ele tomava outro gole de água.

“Então, por que você está acordado? Se acostumando com a diferença de horário?” Eu perguntei.

Ele me devolveu a garrafa e eu dei outro gole. Ainda estava com calor, mas a cozinha estava mais fresca do que meu quarto. O piso frio estava confortável nos meus pés. Olhei o termostato que fica dentro da sala de estar, próximo do corredor. Estava marcando 21ºC, e estava nessa temperatura aqui, exceto no meu quarto. Será que eu estava ficando doente? Eu não poderia ficar – literalmente.

“Eu não durmo muito,” Kael finalmente respondeu.

“Nunca?”

“Nunca.”

Eu sento de frente para ele na mesa de madeira escura da cozinha.

“Por conta de onde você esteve?”

“Não a casa do seu pai,” ele disse com uma dose de ironia, mas sem nenhum traço de humor em seu rosto. Nem no seu forte e marcante mandíbula. Ou em seus olhos nebulosos que estavam vermelhos por não conseguir dormir.

“Ha-ha.” Eu revirei os meus olhos, tentando impedir meu cérebro de imaginá-lo no Afeganistão.

“Guerra, é claro.” Seus olhos estavam na direção de suas mãos, não em meu rosto. Ele lambeu seus lábios, deixando um pequeno riso escapar. “Eu penso se vou ficar falando disso a minha vida inteira, sabe, como os veteranos do Vietnã que conheci no hospital. Ainda contando histórias de 50 anos atrás.”

Meu estômago começou a doer pensando sobre esse jovem quieto na zona de guerra, sendo acordado por cápsulas de armas ou foguetes ou qualquer terror que ele tenha vivido, enquanto eu reclamo e lamento para mim mesma sobre coisas insignificantes e as pequenas misérias da vida. A perspectiva foi um tapa na cara.

“Eu acho que é estranho estar aqui de volta.” Ele suspirou. “Como se eu não tivesse certeza do que fazer comigo.”

Entre a sua honestidade e vulnerabilidade estampadas em seu rosto, eu pensei que talvez estivesse tendo essa conversa em um sonho. Era como se eu pudesse ler a sua mente e sentir sua dor, embora ele estivesse fazendo um bom trabalho ao tentar escondê-la. Eu era uma expert nisso e conseguia identificar quando alguém tentava esconder suas emoções na mesma hora.

“Você precisa voltar?” eu perguntei, esperando que ele respondesse não.

Na minha mente, um alarme estava disparando, gritando para me alertar, o talvez Kael, sobre como eu estava começando a me sentir sobre ele. Eu o conhecia a menos de 48 horas, e ainda sim quis protegê-lo, impedi-lo de voltar. Apenas ter a certeza de que ele não iria se perder… em qualquer maneira que alguém pudesse se perder. Uma lista passou por minha cabeça enquanto encarávamos um ao outro por minutos que pareciam horas. Por que eu me importo? Eu olho para seu rosto, querendo ficar com uma cópia de como seus olhos estavam firmes, não olhando por toda parte, seus lábios estavam semiabertos, palavras hesitando em escapar. Seu foco foi para a parede atrás de mim. Eu senti como se ele estivesse lendo a minha mente, detectando simpatia que poderia ser facilmente interpretada como pena. Eu não sentia pena dele. Eu só sentia… que não conseguia entender exatamente o que eu estava sentindo. Quando se tratava de Kael e do exército, não era da minha conta. Ele sabia onde tinha se metido. Mas essa era a parte lógica do meu cérebro; Eu sabia que sentia o contrário. Eu estava mentindo para mim mesma sobre as consequências de servir, como se inscrever fizesse isso ser aceitável, e esse sentimento revirou meu estômago.

“Eu ainda não sei,” ele respondeu, e ambos ficaram em silêncio.

“Eu espero que não.” As palavras deixaram a minha boca antes que eu pudesse me importar como elas soariam.

Eu odiava a ideia de Kael na guerra, tão longe daqui. Se escondendo na escuridão de caixas de areia, construindo postes improvisados para serem destruídos por foguetes no meio da noite. Meu corpo inteiro ficou com raiva quando pensei sobre a sua vida lá, tantas vidas vividas e perdidas na guerra. Uma parte de mim sentiu que estava traindo a minha infância, a linhagem da minha família de soldados e aviadores, mas parece que eu não era tão patriota quanto esperava ser. Não se isso era o que significava. Eu nunca fui e nem a minha mãe. Você não conseguiriam convencer nenhuma de nós duas que violência seria a solução para qualquer qualquer coisa, não importa qual fosse o problema.

A cabeça de Kael encostou em sua mão dobrada. Seus olhos estavam se fechando.

“Eu quero… ficar aqui,” ele sussurrou, mal consciente.

Meu corpo inteiro ficou pesado. A vida militar, às vezes, era tão injusta. Eu queria perguntar para Kael se ele achava que esse era seu propósito na vida, ou o que fez ele se alistar para o exército?

Todos tinham seus motivos, mas qual era o dele? Ele era como a maioria dos jovens soldados que eu conhecia? Ele havia sido persuadido a se alistar pela pobreza ao seu redor e a promessa de um salário fixo e seguro de vida?

“Eu realmente—” comecei a falar, mas seus olhos estavam totalmente fechados. Eu olhei para ele através da escuridão e vi seu rosto relaxar, traço por traço. Seus olhos pararam de girar atrás de suas pálpebras, e me senti atraída para dormir enquanto eu o observava relaxar diante de meus olhos. Eu adormeci, não me importando se estava longe da minha cama.

© Anna Todd, 2022


“The Falling”, de Anna Todd, será lançado em 5 de julho de 2022.

Matéria por Tamara Fuentes para Cosmopolitan
Tradução e Adaptação: Equipe After Brasil


Nome: After Brasil / Anna Todd Brasil
Online desde: 19 de Junho de 2014
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Versão: 4.0

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Roteiro: Anna Todd

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