O ator britânico, que também é um modelo de elite, começou sua carreira de atuação ao interpretar brevemente o vilão dos filmes de Harry Potter em sua fase jovem.
Hero Fiennes-Tiffin pertence à nobreza da arte britânica desde que nasceu em Londres, há 23 anos, em uma das famílias mais respeitadas nessa área no Reino Unido. Modelo da Dolce & Gabanna, Ferragamo e Woolrich, auxiliado por um físico esguio de 1,85m de altura e um rosto que se estende por idades, ele começou sua carreira de ator retratando brevemente o vilão dos filmes de Harry Potter como criança, para, depois de aparecer em várias outras produções, brilhar em primeiro plano como a parte masculina do casal cinematográfico do momento, idealizado pela escritora Anna Todd, baseado nas aventuras do membro mais popular do grupo One Direction, Harry Styles, em “After”.
Felizmente, a saga foi um fenômeno literário e cinematográfico, chegando à sua terceira adaptação com “After: Depois do Desencontro”, em que seu personagem, o atraente, mas um tanto inquieto e oprimido Hardin Scott enfrenta o seu pior inimigo – ele mesmo -, apoiado como sempre por sua amada Tessa, que é interpretada pela também muito midiática Josephine Langford.
Como você vê o crescimento de Hardin?
Bem, ele começou como um bad boy um tanto misterioso que as garotas gostam muito, então descobrimos que ele é bastante atormentado por seu passado e agora vamos entender o porquê dele ser assim. Sim, ele vai crescer, evoluir e vai, literalmente, sair de sua pele para chegar ao seu destino que consiste em recompor o que ele destruiu no seu interior e ser a melhor versão de si mesmo e para ele próprio. Eu diria que a parte de sua jornada agora é acordar e ser uma pessoa melhor.
O que você acha que tem em comum com ele (Hardin) e o que você acha que os diferencia?
Uma de nossas similaridades é que ambos colocamos bastante esforço e amor ao fazer coisas que nós amamos. Somos muito dedicados quando algo realmente nos interessa. Se eu gosto de algo, coloco todo o meu esforço e dedicação, tanto no âmbito profissional quanto no pessoal. Somos parecidos nesse quesito, mas nos diferenciamos em que eu acho que sou, ou geralmente sou, mais lógico, enquanto ele é mais levado por seus sentimentos e é muito impulsivo. Eu diria que sou melhor ao lidar com minhas emoções e ao pensar mais antes de agir.
Os personagens que permitem o ator a deixar se levar são mais divertidos?
Eu gosto de personagens que não estão cientes das consequências de suas ações e da quantidade de danos colaterais que podem causar com a sua natureza destrutiva. Eles acabam com relacionamentos, eles explodem frequentemente, e talvez isso seja algo que todos nós gostaríamos de fazer algumas vezes, mas geralmente nos contemos. Me desculpem, isso não é um comportamento que deve ser considerado como um exemplo, mas é tremendamente divertido para um ator poder interpretar alguém assim, que te permite atuar sem muitas limitações porque ele ainda não aprendeu a se controlar. É fantástico lidar com um personagem tão intenso e, ao mesmo tempo, enquanto ele vai se conhecendo aos poucos, ele te deixa em alerta e atento a esses detalhes.
Muitos tentam, mas nem todos conseguem fazer uma saga juvenil se tornar um sucesso literário e cinematográfico. Você consegue achar uma explicação para isso?
Eu acho que o segredo dessa conexão é que as histórias de amor não têm uma data de validade. Nós já vimos milhares delas ao longo da história e não nos cansamos porque, no final das contas, elas refletem uma parte importante da vida das pessoas, ainda mais quando você é jovem e enfrenta todos esses sentimentos pela primeira vez. Eles geralmente são novos para você. E então, as histórias de “After” têm tudo aquilo que preocupa os jovens: problemas familiares, relacionamentos, festas, bebidas e separações. E elas não se afastam de questões como sexo e da importância que isso representa em um relacionamento. Isso é algo que outras sagas não abordam. No final, tudo isso torna a história cativante.
E as pessoas te tornaram um símbolo sexual com 23 anos…
Bem…
Você acha que, até o momento, a sua boa condição física tem sido fundamental na sua carreira?
Eu acho que sim. Acho que algo teve a ver com isso.
Você gosta da sua carreira como modelo?
Sim, embora eu prefira mil vez atuar e essa sempre foi a minha prioridade. \mas a verdade é que eu gosto de usar roupas descoladas e amo viajar e conhecer novas pessoas através dessa parte da minha vida. Eu também gosto de explorar o mundo da criação e ver como os designers investigam e criam novos estilos. É um mundo muito emocionante. Sim, eu gosto de ser modelo também.
Isso é algo que faz crescer o seu número milionário de seguidores que te acompanham nas redes sociais. Você gosta disso? Sente orgulho ou não curte a ideia ter influência na vida de pessoas que você não conhece?
Na verdade, um pouco de tudo isso. Eu gosto, mas também é um peso nos meus ombros que eu carrego. Não era algo que eu esperava, eu apenas gostava de atuar e contar histórias – a fama e seguidores vieram de repente. No começo, foi algo que me preocupou e quis me manter um pouco afastado, mas com o tempo eu acostumei com o fato já não é algo que me preocupa mais. Além disso, sempre que tenho contato com alguém através das redes sociais, eu sempre recebo bastante amor e fãs incríveis me apoiam, isso é algo que me deixa muito feliz. Mas no começo foi chocante e difícil de me acostumar.
E isso já começou desde a época em que você interpretou Tom Riddle na saga Harry Potter, onde você dividiu o personagem com seu tio Ralph Fiennes?
Sim, foi muito curioso para nós dois interpretarmos o mesmo personagem em fases diferentes. Todos foram muito gentis comigo e sempre se preocupavam se eu estava confortável, o diretor sempre sorrindo e calmo, não deixando cair a pressão das filmagens em cima das crianças. Apesar de ter ficado nervoso, só tenho boas lembranças dessa experiência. Foi incrível.
E agora que Hardin Scott está prestes a desaparecer de sua vida, ainda faltando mais um filme a ser lançado, para onde você pretende direcionar os seus próximos passos?
Eu amaria estar em uma história que se passasse na Inglaterra, talvez um filme do Guy Ritchie. Isso me deixaria muito feliz, trabalhar em Londres em alguma típica história londrina porque existem muitos talentos no meu país, os atores são incríveis. Eu colocaria Sherlock Holmes na minha vida e carreira, por exemplo, sem hesitação, mas existem muitas outras histórias que ainda não foram vistas pelas pessoas e eu espero que elas estejam aguardando por mim.
Entrevista: La Vanguardia
Tradução e Adaptação: Equipe After Brasil