Entrevista por Mateo Abano para a Mens Fashion Post.
Samuel Larsen alcançou à fama em 2012 como Joe Hart no seriado Glee, mas esse nativo da Califórnia avançou ainda mais no cenário nacional como cantor, compositor e ator nos anos seguintes. Filho de mãe mexicana e pai dinamarquês, ele tem 27 anos e é um artista nato que credita sua criatividade e tenacidade à sua herança mista. Estar exposto a um amplo espectro de cultura parece apenas ter nutrido o lado criativo de Larsen.
Desde sua estréia em Glee, Larsen assumiu papéis coadjuvantes em vários sucessos de bilheteria, incluindo a comédia romântica de Jennifer Aniston, The Breakup Girl, além de filmes de terror como The Remains and Recovery. Mais recentemente, ele interpretou Zed Evans no drama romântico After, baseado em um romance com o mesmo nome. O ator planeja retomar seu papel na próxima sequência.
Amplamente conhecido por suas habilidades de canto e atuação, o jovem astro diz que sua natureza artística é atraída tanto pela música quanto pela atuação, e ele gosta de mesclar os dois aspectos de sua criatividade. Larsen começou a tocar bateria quando criança; hoje ele é o vocalista da banda NEXT CItY, de Los Angeles, que acaba de lançar seus dois primeiros singles, “Blue City” e “Tell Me”, este ano. A banda de rock, que combina um funk estilo de garagem com uma batida de dança, e que acabou de atingir seu objetivo de campanha no Kickstarter para financiar seu álbum de estreia.
O sucesso de Larsen na tela grande rendeu-lhe uma base de fãs global, e os fãs ainda estão descobrindo as profundezas de seu talento musical através da NEXT CItY. Sentamos com ele recentemente para saber mais sobre sua paixão pela música, seu último papel como Zed Evans e o que está por vir para essa sensação de muitos talentos.
Qual interesse surgiu primeiro, atuar ou cantar? Com qual você mais se identifica? Por quê?
Bem, a música veio em primeiro lugar, eu ganhei meu primeiro kit de bateria aos 3 anos e não parei desde então, mas a atuação não veio muito depois, eu tinha um agente e estava fazendo pequenos projetos de atuação aos 8 anos. Quando criança, eu realmente não conseguia entender o lado da rejeição no mundo da atuação, então eu me envolvi mais com a música, gostei do controle que tinha sobre ela, mas como adulto, eu diria que me identifico com ambas, as duas são diferentes lados de mim que se encontra no meio e no final do dia estou apenas atuando seja interpretativo ou criativo.
Com um pai dinamarquês e uma mãe mexicana, como que essas culturas moldaram quem você é hoje? Algo legal/interessante que vem à mente?
Bem, para começar, várias pessoas me disseram que falo com um leve sotaque, já que meus pais têm seus respectivos sotaques. Fora isso no meu lado mexicano, fui exposto e amo mariachis e Luis Miguel, além de frutas picantes ou qualquer coisa de sua culinária. Também tenho muito orgulho de todo o lado “faça você mesmo” da cultura mexicana que minha mãe sempre fazia minhas fantasias de Halloween e meus brinquedos, se ela não pudesse comprá-lo, ela o fazia. No meu lado dinamarquês, eu tenho a mentalidade dos vikings, no início a moralidade dos vikings pode ter sido um pouco falha, mas a tenacidade deles é o que eu mais tiro da cultura, bem como uma espécie de camaradagem com os outros vikings. E também comida dinamarquesa é absolutamente incrível.
Qual é o apoio de seus entes queridos no que você faz? Alguém em particular que o inspirou a seguir essa intensa carreira?
Eu tive todo o apoio que eu poderia pedir à minha família, o simples fato de meus pais terem comprado um pequeno kit de bateria quando eu tinha 3 anos quando eles não tinham condição, mostra o quanto eles acreditavam e me apoiavam. Eles sempre me deram o que eu precisava para aprender e por isso sou eternamente grato.
Você teve tantas experiências diferentes tanto no mundo da música quanto da atuação, o que aprendeu com o processo? Existe alguma experiência, em particular, que foi um momento decisivo na sua carreira?
Oh cara, eu aprendi muito desde que comecei a seguir essa carreira. A principal coisa que aprendi é ser capaz de ouvir as idéias de outras pessoas e dar a elas uma chance sólida, mas ao mesmo tempo ser capaz de manter quem eu sou, ter uma opinião forte é tão importante nesse mercado, é assim que você tem convicção.
Houve alguns momentos decisivos no meu tempo fazendo isso, mas um grande para mim foi perceber, que não importa o tamanho da empresa ou o tamanho do projeto, não tenha medo de fazer o que é certo para você e seu carreira, rodeie-se de pessoas que realmente se importam com o que você está divulgando, e não apenas de pessoas ligadas a um grande nome, pode ser muito ofuscante.
Você sente falta do personagem Joe Hart e/ou Glee como um todo? Algum momento memorável que vem à mente?
Absolutamente foi um grande momento da vida, mas quem não sente falta de ter 20/21? Glee foi um programa tão divertido de se trabalhar e um trabalho que eu procurei por um tempo porque sabia que queria começar em um lugar que tivesse tanto o canto quanto a atuação para que eu pudesse fazer as duas coisas para sempre. Às vezes fico nostálgico, e às vezes gostaria de ter se deixado levar e apreciado alguns dias mais no set, mas no fim das contas, foi um sonho tornado realidade.
O que você mais gostou no Zed Evans?
Zed foi divertido porque eu trouxe o máximo de mim para esse projeto, foi no qual mais me senti eu mesmo em um set. A parte mais agradável foi o quanto todos nós nos tornamos bons amigos, estávamos sempre juntos aproveitando dentro e fora do set, tanto o elenco quanto na equipe, e isso fez com que tudo fosse prazeroso e fez o tempo passar rapido.
De todos os membros do elenco do After, com quem você mais se conectou?
Todo mundo, senti uma conexão especial com todos os atores do filme, acho que todos nós ficamos muito agradecidos e entusiasmados por fazer parte de um projeto com tanta atenção. Eu também fiz amizade com todos os outros produtores, escritores, e especialmente Anna Todd que é a incrivel mente por trás dos livros, todo mundo. Estávamos animados e livres, o que apenas levou a muitos bons momentos.
Existem prazeres culposos que surgem ao desempenhar papéis como o de Zed e/ou outros papéis semelhantes?
De maneira alguma, eu amo interpretar papéis como Zed, mal posso esperar para explorá-lo mais.
Depois que After saiu e com tudo o que aconteceu desde o lançamento, o que tem sido louco por todo esse processo?
OS FÃS! Os fãs estão em outro nível, uma das coisas mais loucas foi quando eu fui a Paris pela primeira vez para me encontrar com Anna (Todd) em uma convenção de romances e vendo todos os fãs gritando por ela e por mim antes deles assistirem o filme, só pela antecipação. Eu nunca estive em Paris e esta é a minha recepção, isso foi incrível.
Zed Evans vai fazer uma aparição em After: Depois da Verdade? Se sim, com o que você está mais animado?
Claro que ele vai! Estou muito animado para continuar contando essa história que as pessoas amam e mergulhar mais fundo no meu personagem, também não posso esperar para poder sair com todos novamente.
Alguma novidade sobre sua carreira musical? O que vem a seguir para Samuel?
Com exceção de After: Depois da Verdade, minha banda NEXT CItY (não é um erro de digitação) acaba de lançar nossos dois primeiros singles e videoclipes, e atualmente está no processo de gravar mais músicas para um EP, além de planejar nossa primeira turnê. Você pode ir no nextcityband.com para ver e ouvir ou obter qualquer notícia sobre isso. Honestamente, estou muito empolgado para filmar mais, fazer mais shows e se apresentar em qualquer chance que tiver, porque é o que me faz mais feliz.
Tradução por Gabi Neve. Revisão por Douglas Vasquez.