Matéria publicada por: Douglas Vasquez

O USA Today divulgou através do portal literário Happy Ever After um trecho exclusivo do novo livro de Anna Todd, a ser publicado nos Estados Unidos em 18 de Setembro de 2018, de forma independente, e no Brasil, até o fim do ano pela Astral Cultural.

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UM

Karina, 2018

O vento sopra em toda a cafeteria toda vez em que a velha porta de madeira é aberta. Está estranhamente frio para Setembro e tenho quase certeza que é algum tipo de punição do universo por concordar em me encontrar com ele, hoje de todos os dias. Onde eu estava com a cabeça?

Eu mal tive tempo de colocar maquiagem nas olheiras inchadas embaixo dos meus olhos. E esta roupa que estou vestindo, quando foi a última vez que foi lavada? De novo, onde estava com a cabeça?

Agora mesmo estou pensando em como a minha cabeça dói e não tenho certeza de que trouxe ibropufeno em minha bolsa. Também estou pensando em como foi esperto da minha parte em escolher uma mesa próxima da porta, assim posso sair correndo, se precisar. Este lugar no meio de Edgewood? Neutro e nem um pouco romântico. Outra boa escolha. Estive aqui apenas algumas vezes, mas é o meu lugar favorito em Atlanta. As mesas são limitadas — tem apenas dez delas — então imagino que queiram encorajar encontros rápidos. Existem alguns pontos legais para o Instagram, como a parede cheia de suculentas e aquele detalhe em preto e branco atrás dos baristas, mas no geral, é um pouco rústica. Cinza escuro e concreto por todos os lados. Liquidificadores batendo couves-flor em um som alto ou qualquer outra fruta que esteja na moda no momento.

Apenas uma porta: uma forma de entrar, a mesma para sair. Olho para baixo para o meu celular e seco minhas mãos em meu vestido preto.

Será que ele vai me abraçar? Apertar minha mão?

Não consigo imaginar um gesto tão formal. Não dele. Droga. Estou me preocupando demais e ele nem chegou ainda. Pela quarta vez no dia, consigo sentir o pânico borbulhando em meu peito que me ataca toda vez em que penso neste encontro, ainda o vejo da mesma forma que o vi quando coloquei meus olhos sobre ele. Não tenho ideia de qual versão dele irei encontrar. Não o vejo desde o inverno e não faço ideia de quem ele é mais. E falando sério, será que eu soube algum dia?

Talvez eu apenas conheça uma versão dele — uma iluminada forma do homem que estou esperando agora.

Acho que talvez eu pudesse ter o evitado pelo resto da minha vida, mas a ideia de nunca mais vê-lo é pior do que estar sentada aqui, agora. Pelo menos consigo admitir isso. Aqui estou, esquentando as minhas mãos em um copo de café quente, esperando-o entrar por aquela velha porta depois de ter jurado à ele, à mim mesma, à qualquer um que pudesse ouvir pelos últimos meses que eu nunca…

Ele não vai chegar pelos próximos cinco minutos, mas se ele for um pouco como o homem que eu me lembro, ele vai chegar atrasado com aquela cara de irritado.

Quando a porta se abre, é uma mulher que entra. Seus cabelos loiros são como um ninho no topo de sua cabeça pequena e ela está segurando o celular contra sua bochecha avermelhada.

“Não dou a mínima, Howie. Dê um jeito.” Ela grita, desligando o telefone com um jorrão de palavões.

Eu odeio Atlanta. As pessoas aqui são todas como ela, o temperamento ruim e sempre com pressa. Nem sempre foi assim. Bem, talvez tenha sido; Eu não era, ao menos. Mas coisas mudam, eu costumava amar esta cidade, especialmente o centro. As opções para o jantar são de outro mundo e para uma pessoa apaixonada por comida vivendo em uma cidade pequena, bem, só isso já era motivo o suficiente para me mudar pra cá. Sempre existe algo para fazer em Atlanta e tudo está sempre aberto até mais tarde do que por Ft. Benning, mas o que mais me chamou atenção na época, foi que eu não era constantemente lembrada da vida militar. Sem camuflagem por todos os lados. Nada de uniformes nos homens e mulheres pela cidade, como a fila para o cinema, o posto de gasolina ou a Dunkin Donuts. Pessoas falando coisas reais, não apenas siglas e diversos cortes da cabelo nada militares para admirar.

Eu amava Atlanta, mas ele mudou isso.

Nós mudamos isso.

Nós.

Isto é o mais próximo que eu iria de admitir alguma culpa sobre tudo o que aconteceu.

DOIS

“Você está encarando.”

Apenas algumas palavras, mas elas invadem dentro e sobre mim, chocando todos os meus sentidos e todo o meu sentido. E ainda assim, existe aquela calmaria também, aquela que parece estar conectada dentro de mim em todo lugar que ele está. Olho pra cima, para ter certeza de que é ele, mesmo sabendo que sim. Logo então, ele está em pé na minha frente me encarando com seu olhar severo, procurando… algo remanescente? Queria que ele não me olhasse dessa forma. O lugar pequeno está, na verdade, lotado, mas não parece. Eu tinha esse encontro todo planejado, mas ele atrapalhou tudo e agora, perdi toda a coragem.

“Como você faz isso?” Pergunto a ele. “Não o vi chegar.”

Tenho medo de que a minha voz soe como se eu estivesse acusando-o de algo ou que estou nervosa — e isso é a última coisa que eu quero. Mas ainda me pergunto, como ele consegue fazer isso? Ele sempre foi tão bom com silêncio, se mover sem ser notado. Outra habilidade adquirida com o Exército, acho.

Eu faço um gesto para que ele se sente. Ele desliza sobre a cadeira e é quando eu noto sua barba cheia. Uma linha precisa sobre suas bochechas e seu maxilar coberto por pêlo preto. Isto é novo. Claro que é: ele sempre teve que obedecer os regulamentos. Cabelo deve ser cortado e totalmente aparado. Bigodes são permitidos, mas apenas se estiverem bem cortados e não estiverem crescendo sobre o lábio superior. Ele me disse uma vez que estava pensando em deixar crescer o bigode, mas eu o convenci a não fazer isso. Mesmo com um rosto como o dele, um bigode seria estranho.

Ele pega o cardápio da mesa. Cappuccino. Mocchiato. Latte. Leite puro. Preto. Quando foi que tudo ficou tão complicado?

“Você gosta de café agora?” Nem tento esconder a minha surpresa.

Ele balança a cabeça, “Não.”

Um meio sorriso aparece em seu rosto sério, lembrando-me da mesma razão pela qual eu me apaixonei por ele. Um momento antes era fácil desviar o olhar. Agora, é impossível.

Tradução livre por After Brasil. Credite, se replicar.

  • O trecho é quase o mesmo que já havia sido publicado no Wattpad há meses atrás. Você encontra esse e mais alguns capítulos em nosso perfil, traduzidos.

Nome: After Brasil / Anna Todd Brasil
Online desde: 19 de Junho de 2014
URL: afterbr.com / annatodd.com.br
Webmaster: Douglas Vasquez
Contato: contato@afterbr.com
Versão: 4.0

O After Brasil é a maior fonte sobre a série no Brasil e no mundo; oficializado por Anna Todd e as editoras e distribuidoras parceiras. Todo o conteúdo do site (fotos, notícias, vídeos e etc) pertencem ao site a não ser que seja informado o contrário. Este site foi criado por fãs e para os fãs e não possui nenhum tipo de fins lucrativos.
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AFTER
Status: Disponível
Direção: Jenny Gage
Roteiro: Susan McMartin

AFTER: Depois da Verdade
Status: Pós-produção
Direção: Roger Kumble
Roteiro: Anna Todd

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